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[ ECONOMIA # EVENTOS ] Em 16 de fevereiro de 2010, um dia antes da abertura da BioFach, em Nuremberg (Alemanha), a maior feira de produtos orgânicos e naturais do mundo, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) promoverá um seminário onde será debatida a presença da agricultura familiar do Brasil nos mercados orgânico e sustentável.
A SUSTENTABILIDADE E A PRODUÇÃO ORGÂNICA
ResponderExcluirCada vez mais o tema desenvolvimento sustentável está na pauta do dia, é um destaque.
Tal desenvolvimento sustentável, no entanto, não é um modismo ou uma utopia é uma necessidade da nova sociedade.
Essa necessária sustentabilidade, economicamente viável,ambientalmente correta e socialmente justa , precisa ser apoiada e interiorizada.
Um dos caminhos para interiorizar essa necessidade social contemporânea, existem outros e diversos, é a produção orgânica de alimentos.
As vendas dos produtos orgânicos, no mundo, aumentaram 57% de 2002 a 2006, diz o relatório “The World Of Organic Agriculture: Statistics and Emerging Trends” de 2008. EUA e a União Européia são responsáveis por mais de 90% do consumo mundial dos orgânicos. A produção, no entanto, está espalhada por todos os continentes. Apesar da crise, as demandas européias e americanas tendem a crescer e superar, por enquanto, a oferta. Aí está a nossa chance.
Para o Brasil as perspectivas são excelentes. São oportunidades que se apresentam, principalmente, para a agricultura familiar com aspectos vantajosos para gerar trabalho e mais renda com sistemas produtivos que preservam o meio ambiente promovendo progresso e melhor qualidade de vida. Aí estão explícitos os três pilares do desenvolvimento sustentável , os 3P, e como dito, num mundo cada vez mais sem fronteiras e multicultural, na língua inglesa: Profit (lucro), Planet (planeta) e People (povo).
Para a pecuária, bovinocultura e ovinocaprinocultura, as oportunidades são mais diversificadas e podem contemplar desde a criação familiar até estruturas empresariais mais sofisticadas. Existe lugar para todos. Precisamos, no entanto, de mentalidades inovadoras que permitam desenvolver a criatividade no sentido de aproveitar o que a natureza nos legou, pastagens naturais, e a tecnologia implementou, as cultivadas. Enfim, o boi de capim.
Carecemos, no entanto, de um aprimoramento produtivo e de cultura de negócios que estimule o associativismo e o empreendedorismo saudável com o fim de desenvolver a capacitação, a cooperação, a comunicação, o comprometimento e a confiança que formam os 5C, as modernas ferramentas que construirão o novo caminho do Brasil através da trilha do progresso interiorizado e de forma sustentável.
A raiz da equação do progresso é a interação do saber científico e acadêmico com as demandas tecnológicas do setor produtivo, a sistematização dos conhecimentos tradicionais e a definição das estratégias e soluções tecnológicas sustentáveis. O conhecimento científico precisa sair das estantes e das memórias dos computadores para chegar à sociedade como tecnologia desenvolvimentista.
Não podemos parar no tempo, passar do ponto e perder o trem da história.Vamos avançar, preservando mas progredindo, sempre com mais ação e menos locução.
PAULO CESAR BASTOS é engenheiro civil e produtor rural