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quarta-feira, 10 de abril de 2019

PROGRAMA MAIS PECUÁRIA – 10/04/2019 - Vídeos, Canal do Boi

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VARIEDADE DE CAFÉ OEIRAS - Vídeos, Revista Cafeicultura

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100 DIAS DE GOVERNO - Vídeos, admin@agrosoft.org.br (agriculturasp)

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ESPECIALISTAS CRITICAM PRORROGAÇÃO DE PRAZO PARA REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL - Textos, Senado Federal

Texto produzido por Senado Federal

A prorrogação até 31 de dezembro de 2019 do prazo para produtores rurais aderirem ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), tema da Medida Provisória 867/2018, foi tratada com cautela pelos especialistas participantes de audiência pública promovida nesta quarta-feira (10) pela comissão mista que analisa a MP. O PRA é direcionado a imóveis inscritos no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e oferece oportunidade de resolver passivos ambientais, recuperando a vegetação de modo a adequar-se à legislação.

A possibilidade de um PRA declaratório, sem verificação, recebeu críticas do procurador da República em Mato Grosso Erich Rafhael Masson, que previu o aumento da desconfiança sobre as informações fornecidas pelos produtores rurais.

Ele citou as crescentes exigências de responsabilidade ambiental por parte dos compradores internacionais e teme efeitos negativos sobre o mercado brasileiro.

— O frigorífico que vai comprar o gado de um pecuarista, não tem certeza se aquele cadastro é de uma área ambientalmente correta. Se não tem essa certeza, eventualmente pode sofrer uma punição — lembrou.

Por sua vez, Roberta Del Giudice, coordenadora do Observatório do Código Florestal, observou que a MP representa o quinto adiamento da inscrição no CAR desde a edição do novo Código Florestal (Lei 12.651, de 2012), há sete anos. Segundo ela, as seguidas postergações passam a mensagem de que “descumprir a lei vale a pena”. Porém, ela frisou que considera o Código Florestal democrático e que seu cumprimento ajudará o país na transição para uma economia de baixo carbono.

— Essa implementação da norma e a discussão sobre sua implementação têm dinamizado o setor agropecuário e criado segurança jurídica, inclusive atraindo novos perfis de investidores — declarou.

O professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Raoni Guerra Lucas Rajão sublinhou que o Código Florestal representou um grande pacto com a sociedade: garantiu o perdão de 58% de todo o desmatamento ilegal anterior a 2008, contanto que a nova lei fosse cumprida. Ele concorda que os adiamentos na inscrição no CAR premiam os que não se regularizaram: citou o exemplo de Três Lagoas (MS), onde a produção rural era intensa, mas os proprietários optavam por não se expor aos órgãos ambientais.

— A partir do momento em que ficou claro que não haveria mais prorrogação do CAR e que seria necessário o CAR para crédito rural, em poucos meses houve uma adesão em massa — observou, ao sugerir que a fiscalização deveria priorizar os imóveis rurais com mais déficit de reserva legal.

Revisão do Código Florestal

Larissa Packer, representante da organização não-governamental Grain para a América Latina, criticou a reabertura, através do rito de emergência da MP, de uma discussão do tempo do Código Florestal, agravando a insegurança jurídica e aumentando o risco de desmatamento quando o mundo demanda “consolidação da tutela ambiental”.

— Como estamos prorrogando o prazo do CAR, estamos prorrogando a recuperação das APPs [Áreas de Preservação Permanente] hídricas, como se consolidadas fossem — lembrou.

Consultor jurídico do Instituto Socioambiental (ISA), Mauricio Guetta cobrou rigor no cumprimento do Código Florestal, atribuindo a falta de vontade política a escassa estrutura dos órgãos de fiscalização ambiental. E alertou para o fato de pelo menos trinta emendas apresentadas à MP 867/2018 não guardarem qualquer relação com o texto original.

— Se aprovadas, essas emendas representarão verdadeira revisão do Código Florestal, o que não seria interessante nem para o setor produtivo nem para o de proteção ao meio ambiente.

Andrea Vulcanis, secretária de Meio Ambiente de Goiás e representante da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema), observou que o processo de confirmação e validação de todos os cadastros ambientais rurais levará anos. Segundo ela, a Abema sugere que o produtor rural interessado no cadastro possa iniciar imediatamente as atividades de adequação, sendo garantido que possa incluir essas atividades no termo de compromisso para a obtenção de benefícios.

A comissão mista é presidida pela senadora Juíza Selma (PSL-MT) e tem como relator o deputado Sérgio Souza (MDB-PR).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

FUTURANDO: A MODA E OS DANOS AO MEIO AMBIENTE - Destaques, Vídeos, DW Brasil

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REFORMA DA PREVIDÊNCIA: PARECER FAVORÁVEL NA CCJ - Destaques, Vídeos, TV Brasil

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PREVIDÊNCIA: COBRAR DEVEDORES E ACABAR COM ISENÇÕES RESOLVERIA O DEFICIT? - Destaques, Vídeos, BBC Brasil

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LEANDRO KARNAL E O EXEMPLO DE CLÓVIS DE BARROS FILHO - Destaques, Vídeos, Território Conhecimento

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MINISTRA DEFENDE LIBERAÇÃO DE NOVOS AGROTÓXICOS - Destaques, Textos, Câmara dos Deputados

Texto produzido por Câmara dos Deputados

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Audiência pública para a prestação de informações sobre a liberação de registros de agrotóxicos. Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias

Tereza Cristina: todo mundo confia quando a Anvisa libera medicamento

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, defendeu nesta terça-feira (9) a liberação pelo Ministério da Agricultura de 86 novos produtos elaborados com agrotóxicos, nos primeiros meses do governo.

Nos últimos anos, o número de autorizações cresceu de 139 em 2015 para mais de 450 em 2018.

A ministra prestou esclarecimentos sobre o assunto a deputados das comissões de Agricultura, Seguridade Social e Meio Ambiente da Câmara. Ela defendeu a regulamentação dos defensivos agrícolas e salientou que o processo é realizado em conjunto com a Anvisa e o Ministério do Meio Ambiente.

“O Ministério da Agricultura faz a análise da utilização agronômica e dos riscos para a planta. Ao mesmo tempo, o Ministério do Meio Ambiente e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também analisam”, explicou.

A Anvisa, segundo Tereza Cristina, tinha mais de 1.500 produtos à espera de registro, mas modificou sua forma de análise para garantir mais agilidade. “Assim como ela tem liberado e tem feito isso de maneira excepcional com os medicamentos humanos e todo mundo confia quando a Anvisa diz que esse medicamento pode ser usado”, ponderou.

Para a ministra, esses órgãos acompanham os avanços que estão ocorrendo na indústria, garantindo a segurança dos produtores e evitando a entrada de produtos contrabandeados no País.

Para a ministra, a demora na aprovação dos defensivos no Brasil levou a um aumento no uso de produtos contrabandeados, sem nenhum tipo de controle. Segundo dados do Ministério da Agricultura, o uso desses defensivos contrabandeados de outros países já representa 20% do uso no campo.

POPULAÇÃO CARCERÁRIA E A EVASÃO ESCOLAR – DIA DA EDUCAÇÃO - Vídeos, Canal Futura

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MINISTÉRIO DA AGRICULTURA LIBERA MAIS 31 AGROTÓXICOS – DW - Textos, DW Brasil

Texto produzido por dw.com

O Ministério da Agricultura liberou o registro de 31 novos agrotóxicos no país. Entre os produtos 16 foram considerados extremamente tóxicos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A liberação dos defensivos agrícolas foi publicada nesta quarta-feira (10/04) no Diário Oficial da União.

Alguns pedidos de liberação estavam em análise desde 2011. Com as últimas autorizações, nos primeiros 100 dias de governo, o ministério da Agricultura já deferiu o registro de 152 agrotóxicos. Esses processos de autorização já tramitavam desde o ano passado. O governo de Jair Bolsonaro publicou, no entanto, o pedido de registro de outros 322 defensivos agrícolas, que passarão por avaliações.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, defendeu numa audiência na Câmara dos Deputados na terça-feira os critérios usados para liberação de defensivos agrícolas.

Durante o debate que durou cinco horas, ela afirmou que há uma desinformação sobre o tema e disse que intoxicações são causadas pelo uso incorreto de pesticidas.

“Os pequenos produtores não têm essa capacitação feita para que eles tenham o cuidado e apliquem com roupas apropriadas, equipamentos apropriados, façam lavagem do equipamento e não fumem. Às vezes o sujeito fuma aplicando, e no cigarro ele acaba ingerindo o produto químico que ele está utilizando na aplicação do solo”, alegou Tereza Cristina.

A ministra, que presidiu a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e foi apelida no Congresso de “Musa do Veneno” por defender quando foi deputada federal leis para a flexibilização das regras para a fiscalização e aplicação de agrotóxicos no país, usou ainda o termo “remédios para plantas” ao falar de agrotóxicos.

A ministra negou ainda que esteja ocorrendo uma liberação geral de agrotóxicos e alegou que os longos processos para a aprovação de defensivos agrícolas atrasam o agronegócio. O processo de avaliação de novos produtos pode chegar a até cinco anos e passa por análises da Anvisa, Ibama e do próprio Ministério da Agricultura.

Na mesma audiência, Tereza Cristina afirmou ainda que os brasileiros não passam fome devido à existência de mangueiras nas cidades. “Agricultura para países que tiveram guerra, que passaram fome, é questão de segurança nacional. Nós nunca tivemos guerra, nós não passamos muita fome porque temos manga nas nossas cidades, nós temos um clima tropical. Nós temos miséria, e precisamos tirar o povo da miséria”, argumentou.

Segundo a Associação Brasileira de Saúde Coletiva, o Brasil é o maior mercado de agrotóxicos do mundo. Entre 2009 e 2017, a quantidade de defensivos agrícolas comercializados no país quase dobrou, alcançando cerca de 540 mil toneladas.

Entre os produtos mais vendidos estão agrotóxicos que foram proibidos na União Europeia, devido à alta toxidade, como o herbicida Paraquat e inseticida Acefato. Já o glifosato, apontado como causador de câncer em julgamento na Califórnia, segue inabalável no Brasil.

CN/ots

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  • Aterro em Nairóbi

    Lixo plástico, um desafio para o planeta

    A era do plástico

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  • Pescador nas Filipinas retira uma armadilha para peixes e caranguejos de águas poluídas

    Lixo plástico, um desafio para o planeta

    Rios de lixo

    Cerca de 90% do plástico entra nos habitats marinhos através de apenas dez rios: o Yangtzé, o Indo, o Amarelo, o Hai, o Nilo, o Ganges, o Pearl River, o Amur, o Níger e o Mekong. Esses rios atravessam áreas altamente povoadas, com falta de infraestrutura adequada para o descarte de resíduos. Aqui, um pescador nas Filipinas retira uma armadilha para peixes e caranguejos de águas poluídas.

  • Cisne faz linho no lixo

    Lixo plástico, um desafio para o planeta

    Começo de vida plastificado

    Alguns animais encontram uma utilidade para resíduos de plástico. Este cisne fez seu ninho no lixo em um lago de Copenhague que é popular entre os turistas. Seus filhotes saíram dos ovos rodeados de dejetos, o que não é um bom início de vida. Mas para outros animais, as consequências são muito piores.

  • Pinguim enroscado em plástico

    Lixo plástico, um desafio para o planeta

    Consequências fatais

    Embora o plastico seja altamente durável e possa ser usado para produtos com longa vida útil, como móveis e tubulações, cerca de 50% da produção são destinados a produtos descartáveis, incluindo talheres e anéis usados em pacotes de seis unidades de latas de bebidas, que acabam no meio ambiente. Animais correm o risco de se enredar neles e morrer, como ocorreu com este pinguim.

  • Filhote de albatroz foi encontrado morto em Sand Island, no Havaí, com vários pedaços de plástico no estômago

    Lixo plástico, um desafio para o planeta

    Confundido com comida

    Este filhote de albatroz foi encontrado morto em Sand Island, no Havaí, com vários pedaços de plástico no estômago. Um levantamento realizado em 34 espécies de aves no norte da Europa, Rússia, Islândia, Escandinávia e Groenlândia, apontou que 74% delas ingeriram plástico. Comer o material pode levar a danos nos órgãos e bloqueios no intestino.

  • Thailand Wal verendet an mehr als 80 Plastiktüten im Magen (Reuters)

    Lixo plástico, um desafio para o planeta

    Grandes vítimas

    Mesmo os animais maiores sofrem os efeitos do consumo de plástico. Esta baleia foi encontrada na Tailândia. Durante a tentativa de salvamento, o animal vomitou cinco sacos plásticos e morreu. Na autópsia, os veterinários encontraram 80 sacolas de compras e outros dejetos plásticos que entupiam o estômago da baleia, de modo que ela não conseguia mais digerir alimentos nutritivos.

  • Hawaii Plastikmüll in den Ozeanen (picture-alliance/AP Photo/NOAA Pacific Islands Fisheries Science Center)

    Lixo plástico, um desafio para o planeta

    Dejetos invisíveis

    Grandes pedaços de plástico na superfície do oceano, como é registrado aqui, na costa havaiana, chamam atenção. Mas poucos sabem que trilhões de minúsculas partículas com menos de 5 milímetros de diâmetro também flutuam nos mares. Essas partículas acabam na cadeia alimentar. O plâncton marinho, que é uma fonte importante de alimento para peixes e outros animais marinhos, já foi filmado comendo-as.

  • Protesto contra poluição plástica

    Lixo plástico, um desafio para o planeta

    Fim à vista?

    Medidas para tentar reduzir o plástico descartável já foram tomadas em alguns países africanos, como proibições de sacolas plásticas, e a União Europeia planeja proibir produtos plásticos descartáveis. Mas se as tendências atuais forem mantidas, cientistas acreditam que haverá 12 bilhões de toneladas de plástico no planeta até 2050.

    Autoria: Jennifer Collins (md)

CAVALO BRETÃO NA EXPOLONDRINA 2019 - Vídeos, Negócios da Terra

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ENCONTRO DE JAIR BOLSONARO COM REPRESENTANTES DO MUNDO ÁRABE E ISLÂMICO - Vídeos, Negócios da Terra

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AGRICULTURA FAMILIAR LEVA MAIS QUALIDADE À MERENDA - Vídeos, Negócios da Terra

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NEGÓCIOS DA TERRA - Vídeos, Negócios da Terra

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CÃES PODEM SER DOADORES DE SANGUE - Vídeos, Negócios da Terra

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AGRICULTORES INVESTEM NA AGROINDÚSTRIA DA MANDIOCA - Vídeos, Negócios da Terra

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TRANSMISSÃO AO VIVO DE DESTAQUE RURAL - Vídeos, Destaque Rural

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PEC QUE PERMITE A DEFENSOR-FERAL DA UNIÃO PROPOR AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE PASSA POR DISCUSSÃO - Textos, Senado Federal

Texto produzido por Senado Federal

Plenário realizou nesta quarta-feira (10) a segunda sessão de discussão nas PECs 31/2017 e 13/2015. As propostas seguem na ordem do dia do Senado para mais três sessões de discussão antes da votação em primeiro turno.

A PEC 31/2017 confere legitimidade ao Defensor Público-Geral Federal para propor Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) e Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC). Do ex-senador Antônio Carlos Valadares (SE), o projeto estende à Defensoria Pública da União direito que já é garantido, por exemplo, à Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais (Anadef).

Já a PEC 13/2015, do senador senador Roberto Rocha (PSB-MA), insere no rol de direitos fundamentais do texto constitucional o “meio ambiente ecologicamente equilibrado”.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

NA CRA, PRODUTORES RECLAMAM DE REDUÇÃO DA OFERTA DO CRÉDITO RURAL - Textos, Senado Federal

Texto produzido por Senado Federal

A queda de 25% no número de contratos de crédito rural verificada nos últimos cinco anos foi tema de debate na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado (CRA) nesta quarta-feira (10).

Para o representante da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Ademiro Vian, o sistema brasileiro de crédito rural vem sendo desmontado por resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN). Ele reclamou por exemplo das reduções da exigibilidade bancária da poupança rural de 74% para 60% (Resolução 4.614, de 2017) e nos depósitos à vista de 34% para 30% (Resolução 4.669, de 2017).

Assim, as resoluções reduziram a quantidade de recursos captados a serem oferecidos para financiamento do produtor.

Vian ainda alertou que uma “quantidade excepcional” de médios e pequenos bancos que foram, na prática, desobrigados de aplicar em crédito rural, quando através da Resolução 4.669 o teto de exigibilidades para a aplicação desta isenção passou de R$ 70 milhões para R$ 200 milhões. Além disso, os grandes bancos também puderam reduzir em R$ 200 milhões estes créditos.

O representante da OCB também considera prejudicial ao agronegócio a mudança na metodologia de cálculo das exigibilidades de crédito rural, adotada para o Plano Safra 2018/2019 (Resolução 4.709, de 2019). Ao alterar metas de mensais para anuais, a exigibilidade caiu de R$ 67 bilhões para R$ 53 bilhões. Essa mesma resolução ainda tornou livres as taxas de juros de recursos de financiamentos concedidos via LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), que até então possuíam taxa favorável, de 8,5% ao ano.

— No Plano Safra foram disponibilizados R$ 27,18 bilhões oriundos das LCAs, com taxas de até 8,5%. Essa informação inclusive consta até hoje no site do Ministério da Agricultura, após negociações de entidades do setor com ministros e com o então presidente da República (referência ao ex-presidente Michel Temer). Mas depois chega o CMN e diz que não. Hoje toda LCA que é captada com isenção tributária, é emprestada à taxa livre no crédito rural. Captam com isenção e aplicam em taxas de mercado sem teto, com a única obrigação de reverterem 35% para o crédito rural — denunciou.

Bilhões a menos

Vian detalhou também que as políticas adotadas pelo CMN, na prática, retiraram R$ 34,2 bilhões só do Plano Safra 2018/2019. Ele chama atenção para o fato de que estas perdas avolumam-se a cada ano.

O representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no debate, Eduardo Sampaio, foi quem trouxe o dado oficial de que os contratos de crédito rural apenas no custeio caíram de 1,141 milhão em 2014 para 858 mil no ano passado, uma queda de 25% que definiu como “assustadora”. Ele acrescentou que quase a metade dos créditos concedidos em 2018 (cerca de 400 mil) foram de valores inferiores a R$ 20 mil, menos de 10% do teto que pode ser concedido no âmbito do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf). Ao serem considerados os créditos de até R$ 50 mil, sobem para quase 600 mil os atendidos, o que explicita que a grande maioria dos tomadores de empréstimos são micro e pequenos produtores.

A audiência contou ainda com representantes da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica) e da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), que defenderam maior proatividade das autoridades governamentais em busca da queda das taxas de juros praticadas para o agronegócio. Eles também pediram mais atenção à infra-estrutura necessária ao setor.

Concorrentes privilegiados

A senadora Kátia Abreu (PDT-TO) apresentou dados mostrando que os Estados Unidos e a União Europeia já concedem subsídios a seus produtores rurais que chegam a US$ 1 bilhão diariamente, num total que portanto perfaz US$ 365 bilhões ao ano. Ela sabe que o Brasil não possui recursos para praticar políticas semelhantes, mas defende que uma alternativa é que o poder público incentive a formação de cooperativas, especialmente nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. A iniciativa possibilitará aumentos de ganhos de escala e facilitará o acesso à tecnologia de ponta para muitos micro e pequenos produtores, acredita Kátia.

A senadora ainda informou que 26% do valor bruto da produção agropecuária dos EUA provém de subsídios. Na Europa, esta relação chega a 24% e na China, a 17%.

— Já aqui no Brasil esta relação é de apenas 4%. É importante ressaltar que a OMC determina um limite de 10% de subvenções. Se quiséssemos, poderíamos entrar com ação contra EUA, Europa e China. A verdade é que os produtores brasileiros são espetaculares, muito bons, um sucesso absoluto! O que quero dizer é que o Ministério da Economia tem que estar junto desses produtores, buscando otimizar mais investimentos e um planejamento mais acurado na infra-estrutura da porteira pra fora — apelou.

Kátia ainda pediu gestões do governo visando acessar fundos da Arabia Saudita, da Noruega e da Dinamarca que combinam o desenvolvimento agrícola com a preservação ambiental.

Já o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), autor do requerimento que pediu a realização da audiência pública, apontou que os créditos agrícolas caíram nos últimos anos por conta da diminuição verificada na renda da maioria dos micro e pequenos agricultores. A presidente da CRA, senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), registrou a participação dos cidadãos através do Portal e-Cidadania, enfatizando o apoio manifestado ao agronegócio brasileiro.

Em resposta aos senadores, o representante do Ministério da Economia, Rogerio Boueri, garantiu que a pasta trabalha para tornar 2019 “o ano de maior concessões de créditos rurais em toda a história do país”. Ele detalhou a visão predominante no Ministério de que a concepção dos Planos Safra deve ser modificada, pois remeteria a um período em que o país ainda era importador de alimentos. Essa concepção no entender de Boueri acaba por prejudicar pequenos e médios produtores, assim como a adoção de políticas relacionadas a variáveis ambientais.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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É ÉPOCA DE COLHEITA DO KIWI - Vídeos, Negócios da Terra

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GRUPO ITALIANO APOSTA EM PECUÁRIA SUSTENTÁVEL NO BRASIL E TEM GANHOS EM PRODUTIVIDADE - Vídeos, Canal do Boi

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CAFÉS ESPECIAIS AJUDAM A REVERTER PREJUÍZOS NA CAFEICULTURA - Vídeos, Canal do Boi

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O GESTOR E VOCÊ FALA SOBRE ARRENDAMENTO DE TERRAS INDÍGENAS - Vídeos, Canal do Boi

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GOVERNADOR DE MS AFIRMA QUE DESENVOLVIMENTO DO ESTADO DEPENDE DE BOA LOGÍSTICA - Vídeos, Canal do Boi

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DESTAQUES DF, MT, SP, RS E MS - Vídeos, Canal do Boi

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CONHEÇA A ORQUESTRA PAULISTANA DE VIOLA CAIPIRA - Vídeos, TV Revista Rural

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CMA APROVA FINANCIAMENTO DO FGTS PARA EMPRESAS QUE USAM ENERGIA SOLAR - Textos, Senado Federal

Texto produzido por Senado Federal

Empresas que utilizam energia solar fotovoltaica em sua matriz energética poderão ser financiadas com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). É o que prevê o Projeto de Lei do Senado (PLS) 524/2018, aprovado nesta quarta-feira (10) pela Comissão de Meio Ambiente (CMA).

A proposta altera a Lei nº 8.036, de 1990 para viabilizar a aplicação de recursos do fundo em operações de crédito destinadas a projetos de geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis.

O PLS determina a aplicação de pelo menos 1% dos recursos do FGTS em operações de crédito destinadas a empresas que utilizem energia elétrica oriunda preponderantemente de usina fotovoltaica.

Autora do projeto, a senadora Rose de Freitas (Pode-ES) destaca a importância da ampliação do uso de energia solar na matriz energética brasileira como forma de reduzir o uso de outras formas “mais agressivas ao meio ambiente”.

O relator da proposta, senador Jaques Wagner (PT-BA), ampliou o incentivo também para pessoas jurídicas de direito privado, e não apenas exclusivamente para empresas. O objetivo de Wagner é contemplar também uma série de instituições que não ostentam a forma empresarial, mas que podem ser alcançadas pela proposta, a exemplo de instituições de ensino, saúde e cooperativas.

“De modo a viabilizar a ampliação do acesso a essas fontes por toda a população. Assim, haveria maior ganho ambiental, com maior geração de energia limpa, e mitigação dos impactos tarifários nos consumidores atendidos pelas distribuidoras”, avalia Jaques Wagner no relatório.

O relator destacou ainda os compromissos assumidos pelo Brasil no Acordo de Paris relacionados às energias renováveis: atingir participação de 45% de todas as energias renováveis na matriz energética em 2030; expandir o uso de fontes renováveis (exceto energia hídrica) na matriz total de energia para 28 a 33% de participação até 2030; e aumentar a participação de energia de biomassa sustentável (bioenergia) na matriz energética para 18% até 2030.

A matéria segue para análise da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) onde receberá decisão terminativa.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

RAIVA HERBÍVORA: ENTENDA COMO ACONTECE A TRANSMISSÃO DA DOENÇA - Vídeos, Destaque Rural

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SOLUÇÃO NATURAL PARA ELIMINAR VERMES NO INTESTINO - Vídeos, Assim que Faz

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PROGRAMA AGRICULTURA BR – 10/04/2019 - Vídeos, Canal do Boi

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CRA DEBATE CRÉDITO RURAL E SEGURO DA SAFRA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA - Textos, Senado Federal

Texto produzido por Senado Federal

A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) realizou audiência pública, nesta quarta-feira (10), sobre o crédito rural e o seguro agrícola. Na avaliação do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), o setor agrícola não suporta aumentos nas taxas de juros para crédito rural. Já o representante do Ministério da Agricultura, Eduardo Marques, disse ser melhor aumentar as taxas de juros, desde que o volume de recursos cresça.

Reportagem, Iara Farias Borges, da Rádio Senado. Ouça o áudio com mais informações.

PROIBIÇÃO DA VENDA DE CÃES E GATOS NAS RUAS É APROVADA NA CMA - Textos, Senado Federal

Texto produzido por Senado Federal

A Comissão de Meio Ambiente (CMA) aprovou nesta quarta-feira (10) projeto de lei que proíbe o comércio indiscriminado de animais de estimação em locais públicos e fora de lojas autorizadas para este fim. Pelo texto (PLS 358/2018), quem vender animais de estimação na rua ou em locais públicos, sujeitando-os a condições insalubres, cometerá crime ambiental (Lei 9.605, de 1998). A proposta segue agora para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde receberá decisão terminativa.

O projeto é de Rudson Leite (RR), suplente do senador Telmário Mota (Pros-RR).

Para o autor, a venda na rua ocorre quase sempre com os animais expostos em porta-malas de carros e outros locais indevidos, como caixas, sem preocupação alguma com a saúde ou o bem-estar deles, e é preciso impedir a prática.

De acordo com a proposta, quem insistir no método de venda pode ser enquadrado por maus-tratos a animais e condenado a detenção de três meses a um ano, mais pagamento de multa, como determina a Lei 9.605, de 1998. Se o animal morre, a pena é aumentada de um sexto a um terço.

Relatório

Em relatório favorável, a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) considera que a venda de animais de estimação fora de lojas especializadas não lhes assegura o necessário bem-estar.

“A venda de animais em logradouros públicos, como praças, vias de circulação e feiras-livres, realizada por meio de comércio ambulante, é uma prática que deve ser banida. Nessas circunstâncias, os animais ficam sujeitos ao calor excessivo, chuva, frio, privação de água e alimento, estresse, risco de acidentes e lesões. Além disso, as condições sanitárias nesse tipo de comércio são negligenciadas, de modo que os animais e as pessoas que têm contato ou que deles se aproximem ficam vulneráveis ao desenvolvimento de doenças”, afirma.

Feira

O projeto foi inspirado numa decisão do juiz Carlos Frederico Maroja de Medeiros, da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal, que proibiu a venda de animais nas ruas da capital. A decisão foi resultado de uma ação popular para impedir a venda de animais no estacionamento da Feira dos Importados, em Brasília, já que não há licenciamento para o exercício dessa atividade econômica no local.

Na sentença, o juiz considerou ilegal o “escandaloso comércio ilícito” em via pública, tornando vulnerável o espaço, que tem o uso desvirtuado pela ocupação e comercialização irregular, e ferindo a segurança sanitária dos animais e dos cidadãos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

NOVA MODALIDADE DE PARCERIA ENTRE EMBRAPA E SETOR PRODUTIVO SERÁ APRESENTADA DURANTE CONGRESSO NO RIO - Textos, Embrapa

Texto produzido por Embrapa

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estará no VIII Congresso Internacional de Nutrição Especializada e Expo Sem Glúten (Coine), nos dias 12 e 13 de abril, na Univeritas, Rua Marquês de Abrantes, 55, Flamengo. No estande da Embrapa, empresários de agroindústrias que tenham interesse em parceria para o desenvolvimento de projetos sobre ativos tecnológicos, soluções técnicas e conhecimentos gerados pela Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro) poderão conhecer a nova modalidade de projetos da Empresa com essa finalidade.

Também no estande, os participantes poderão conhecer e obter informações sobre tecnologias e técnicas como: pasta e bebida de castanha de caju;farinha pré-cozida integral de sorgo e cereal integral de sorgo; farinha pré-cozida integral de milheto; cultivares de feijão; procedimentos sobre colheita e pós-colheita de vegetais orgânicos e desidratadores de frutas e hortaliças.

No dia 12, das 9h às 16h30, representantes da Embrapa Agroindústria de Alimentos participam, assim como estão na organização, da 1ª Reunião sobre Necessidades Alimentares com o tema “Rotulagem de glúten e lactose”.

Dentro da reunião, às 11h30, a pesquisadora Edna Oliveira, fará uma apresentação sobre a técnica de “Detecção de glúten em alimentos por PCR – Tempo Real”. Também devem participar do encontro, representantes do Centro Brasileiro de Apoio Nutricional (CBAN), da Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenalcebra), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Associação dos Supermercados do Rio de Janeiro (Asserj).

Dentro da programação científica, duas pesquisadoras da Embrapa apresentarão palestras no dia 12. A pesquisadora da Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás, GO), Priscila Bassinello, falará sobre “Feijão escurecido ainda é bom para o consumo? O que ele agrega à nutrição e saúde além de energia?”, às 16h10. Em seguida, às 16h50, a pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Janice Lima, apresenta o tema “A castanha de caju no desenvolvimento de produtos: pasta e bebida”.

Coine

O evento contará com palestras científicas de pesquisadores, médicos e nutricionistas nacionais e estrangeiros; oficinas de culinárias e gastronomia para adultos e crianças, visando o ensino do preparo de pratos saudáveis hipo-alergênicos sem glúten ou lactose; apresentação de trabalhos científicos em forma de pôster, Encontro Nacional de Celíacos e Sensíveis ao Glúten, e exposição de produtos relacionados à temática do Coine, que é realizado pelo Centro Brasileiro de Apoio Nutricional. Nele, são discutidas questões técnico-científicas e novidades sobre alergias alimentares, doenças autoimunes e desordens relacionadas ao glúten. Informações sobre o Congresso podem ser obtidas no endereço eletrônico http://www.coinebrasil.com/

EMBRAPA AGROENERGIA REALIZA WEBINAR PARA FALAR DE BIOECONOMIA - Textos, Embrapa

Texto produzido por Embrapa

A bioeconomia pode ser definida como uma economia em que os pilares básicos de produção, como materiais, químicos e energia, são derivados de recursos biológicos renováveis. Nessa “nova” economia, a agricultura tem papel central não somente na produção de alimentos, mas também na produção de novos fármacos, fibras, produtos industriais e energia. Aproveitar todo o potencial das biomassas utilizadas como matérias-primas, do produto principal a seus resíduos, da melhor maneira possível, está na base da bioeconomia. A transição de uma economia linear para uma economia circular, que faça uso sustentável de recursos biológicos renováveis, requer o desenvolvimento e uso intensivo de novos conhecimentos científicos e tecnológicos em diversas frentes do conhecimento como engenharia genética, biologia sintética, biotecnologia industrial, genômica, química entre outros.

As novas tecnologias geradas por instituições de pesquisa e inovação como a Embrapa, contribuem para o desenvolvimento de processos com base biológica e para a transformação de recursos naturais em bens e serviços.

Para discutir este tema extremamente atual e relevante, a Embrapa Agroenergia realiza seu primeiro webinar, na próxima terça-feira (16), às 10 horas. Neste webinar, o chefe-geral da Unidade, Dr Guy de Capdeville irá apresentar o tema Bioeconomia, as novas tecnologias em desenvolvimento pela Embrapa Agroenergia e as oportunidades de negócios para produtores rurais e industrias.

Capdeville, destaca que a programação de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Agroenergia, esta em sua totalidade inserida no contexto da bioeconomia. Em nossos laboratórios desenvolvemos novas biomassas ou adaptamos variedades de plantas para processamento industrial além de desenvolvermos novos processos microbiológicos, enzimáticos e/ou fisico-químicos para a eficiente conversam destas matérias primas em biocombustíveis, químicos e materiais renováveis”. O webinar será uma excelente oportunidade de discussão das potencialidades e desafios da bioeconomia. “Por isso estamos convidando empresários, produtores rurais, universitários, governo, a participarem”, destaca Capdeville.

Acesse o link para assistir ao webinar:

https://conferencia web.rnp.br/webconf/embrapa-agroenergia-webinar

Prosa Rural
A bioeconomia também é tema do programa de rádio da Embrapa, o Prosa Rural. Na linha do webinar, o programa desta semana fala sobre a importância da Bioeconomia e as possibilidades de negócios que ela traz para o produtor rural. O ouvinte vai saber que essa atividade, com grande potencial de mercado, dá condições ao produtor de transformar resíduos em insumos ou subprodutos sustentáveis e rentáveis. Enfoque é dado no aproveitamento de resíduos e efluentes das atividades agropecuárias. No programa, Capdeville juntamente com demais convidados, como o Secretário de Agricultura do DF Dilson Resende, mostram que os resíduos provenientes da agropecuária, ao invés de serem considerados um problema, podem se tornar uma solução para os produtores rurais e as agroindústrias. “E o melhor: sustentável e rentável”, destaca Capdeville. Para tanto, os produtores rurais e as agroindústrias devem deixar de descartá-los no meio ambiente – sem qualquer critério – e passarem a aproveitar as suas potencialidades.

Clique aqui para escutar o Prosa Rural.
 

ABRAHAM WEINTRAUB É ESCOLHIDO COMO NOVO MINISTRO DA EDUCAÇÃO - Vídeos, Canal Futura

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PREVISÃO NORDESTE – PANCADAS DE CHUVA A QUALQUER HORA - Vídeos, Climatempo

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PREVISÃO NORTE – INSTABILIDADE AUMENTA - Vídeos, Climatempo

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PREVISÃO CENTRO-OESTE – INSTABILIDADE AUMENTA EM MT - Vídeos, Climatempo

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PREVISÃO SUL – CHUVA PASSAGEIRA NO RS - Vídeos, Climatempo

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PREVISÃO SUDESTE – TEMPORAIS NO ES E MG - Vídeos, Climatempo

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PREVISÃO GRANDE RIO – TEMPO FIRME - Vídeos, Climatempo

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PREVISÃO BRASIL – TEMPORAIS NO SUDESTE - Vídeos, Climatempo

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PREVISÃO GRANDE VITÓRIA – INSTABILIDADE DIMINUI - Vídeos, Climatempo

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PREVISÃO GRANDE SP – SOL ENTRE NUVENS - Vídeos, Climatempo

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NOVA CULTIVAR DE FEIJÃO MAIS PRODUTIVA E RENTÁVEL - Vídeos, Negócios da Terra

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GENGIBIRRA: DA ITÁLIA PARA O BRASIL - Vídeos, Negócios da Terra

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BRASIL EXPORTA 2,9 MILHÕES DE SACAS DE CAFÉ EM MARÇO - Textos, Faemg

Texto produzido por Faemg

Em março, o Brasil exportou 2,9 milhões de sacas de café, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído. O volume representa um crescimento de 10% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os dados são do Cecafé – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil.
 
A receita cambial gerada pelas exportações chegou a US$ 379,1 milhões, queda de 11% se comparado a março de 2018. Na mesma comparação, o preço médio da saca de café em março foi de US$ 127,79/saca, queda de 19%. 
 
Com relação às variedades embarcadas, o café arábica correspondeu a 83,3% do volume total das exportações, equivalente a 2,4 milhões de sacas.

O café solúvel representou 10,9% das exportações, com 323 mil sacas exportadas, enquanto que o café conilon (robusta) atingiu a participação de 5,8%, com o embarque de 173 mil sacas, crescimento de 125,7% em relação a março de 2018.
 
Levando em consideração o primeiro trimestre de 2019 como um todo, o Brasil registrou um total de 9,9 milhões de sacas exportadas, crescimento de 25,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita cambial, neste caso, também apresentou crescimento, de 2,9%, alcançando US$ 1,3 milhão.
 
“Os resultados de exportação de café referentes ao mês de março foram muito positivos. O Brasil apresentou boa performance mesmo estando no período de entressafra, com início da colheita do café conilon que acontece em abril/maio no Espírito Santo, Bahia e Rondônia e a colheita do café arábica, em maio/junho nos demais Estados e suas devidas regiões. É importante destacar que o país registrou volumes recordes de exportação nos meses de janeiro a fevereiro”, destaca Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.
 
“O Brasil segue atendendo seus importadores com competência, responsabilidade e de maneira sustentável. Por isso, caminhamos para fechamento do ano cafeeiro com ótimos resultados no desempenho, atingindo prováveis 40 milhões de sacas exportadas, um volume recorde histórico para o período”, mensura o presidente.
 
Ano-safra 2018/2019
 
Com relação as exportações de café no ano-safra 2018/2019 (jul/18 a mar/19), o Brasil exportou 30,9 milhões de sacas no período acumulado, aumento de 30,3% em relação à mesma base comparativa do ano anterior, quando o país embarcou 23,7 milhões de sacas.
 
Importante considerar que, na ano-safra atual, o Brasil registrou o melhor resultado de exportações de café dos últimos 5 anos.
 
Principais destinos
 
Entre os dez principais destinos de café brasileiro no primeiro trimestre deste ano, os Estados Unidos ocuparam o primeiro lugar, com a importação de 1,8 milhão de sacas de café (18,2% do total embarcado no mês pelo Brasil). A Alemanha ficou em segundo lugar, com 1,7 milhão de sacas (17,2%); e, em terceiro, a Itália, com 1 milhão de sacas (10,5%).
 
Os demais principais destinos foram, nesta ordem: Japão, com 760 mil sacas importadas (7,6%); Bélgica, com 544 mil sacas (5,5%); Turquia, com 339 mil sacas (3,4%); Reino Unido, com 317 mil sacas (3,2%); Federação Russa, com 260 mil sacas (2,6%); França, com 237 mil sacas (2,4%); e Canadá, com 215 mil sacas (2,2%). 
 
Vale ressaltar que, comparando o primeiro trimestre deste ano com o mesmo período do ano passado, as exportações de café brasileiro apresentaram crescimento em todos os principais destinos. Entre os dez países listados, os três que registram maior aumento na importação de café brasileiro foram o Reino Unido (crescimento de 59%); a Turquia (48%); e os Estados Unidos (36%). 
 
Diferenciados
 
Em relação aos cafés diferenciados (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis), de janeiro a março, o Brasil exportou 1,8 milhão de sacas, uma participação de 18,8% do volume total do café embarcado no período. A receita cambial, neste caso, foi de US$ 312 milhões, representando 23,9% na participação do valor total da exportação.
 
Os principais destinos de cafés diferenciados foram os EUA, que importaram 428 mil sacas (22,8% do volume total embarcado no trimestre), seguido pela Alemanha, com 261 mil sacas (13,9%) e pelo Japão, com 242 mil sacas (12,9%). 
 
Na sequência estão: Bélgica, com 184 mil sacas (9,8%); Itália, com 151 mil sacas (8%); Canadá, com 80 mil sacas (4,3%); Suécia, com 60 mil sacas (3,2%); Reino Unido, com 55 mil sacas (2,9%); Holanda, com 37 mil sacas (2%) e Coreia do Sul, com 33 mil sacas (1,8%). 
 
Portos
 
O Porto de Santos segue como líder da maior parte das exportações no primeiro trimestre de 2019, com 79,8% do volume total exportado a partir dele (7,9 milhões de sacas). Em segundo lugar está o porto do Rio de Janeiro, com 12,5% dos embarques (1,2 milhão de sacas).
 
O relatório completo das exportações de café em março/2019 está disponível no site do Cecafé: http://www.cecafe.com.br/.

MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS DA CULTURA DO MILHO E SOJA É APRESENTADO NA TECNOSHOW COMIGO 2019 - Textos, Embrapa

Texto produzido por Embrapa

Dentre a programação organizada pela Embrapa durante a realização da 18ª Feira Tecnoshow Comigo 2019, evento que acontece no município de Rio Verde, em Goiás entre os dias 8 e 12 de abril, o Wokshop Manejo Integrado de Pragas (MIP) da Cultura do Milho e da Soja reuniu, na ‘Casa da Embrapa’, técnicos, consultores, professores e alunos da área das ciências agrárias.

O Workshop faz parte de uma série de atividades previstas para este ano que foram definidas no contrato de cooperação técnica celebrada entre a Embrapa e o Crea-GO que tem por objetivo capacitar profissionais e multiplicadores na produção sustentável para a tomada de decisão adequada no manejo integrado de pragas das culturas do milho e da soja.

Manejo Integrado de Pragas – As bases do MIP podem ser sintetizadas pela identificação correta das pragas e determinação de seus níveis de controle, os inimigos naturais e monitoramento, além da interação dos métodos de controle que podem ser químico, biológico, por plantas resistentes ou rotação de culturas, por exemplo”, destacou Hirose.

A programação foi apresentada em três etapas: na parte da manhã a pesquisadora Simone Mendes, da Embrapa Milho e Sorgo falou sobre MIP da cultura do milho; logo a seguir, houve a exposição de pragas, inimigos naturais e produtos biológicos, onde os participantes tiveram a oportunidade de conhecer na prática o que foi apresentado sobre o MIP das culturas da soja e do milho.

De acordo com Flávia Barbosa para realizar o correto controle das pragas, deve-se escolher produtos eficientes e seletivos dos inimigos naturais.

Quando disponível no mercado, a opção por produtos biológicos, os quais devem ser associados a outras medidas de controle.

À tarde, o pesquisador Edson Hirose, da Embrapa Soja destacou o MIP da cultura da soja; prosseguindo na programação, o consultor do Senar Goiás, André Ribeiro, mostrou aos participantes algumas das tecnologias de aplicação no campo.

Tecnologia de aplicação – Define-se como tecnologia de aplicação o emprego de todos os conhecimentos científicos que proporcionem a correta colocação do produto biologicamente ativo no alvo, em quantidade necessária, de forma econômica e com o mínimo de contaminação do ambiente.

Diante de um cenário agrícola que tem gerado impactos ao meio ambiente e à saúde, temos como ponto de partida que a tecnologia de aplicação não pode se resumir apenas no ato de aplicar produto, mas sim, na interação entre vários fatores (cultura, praga, doença, planta invasora, produto, equipamento e ambiente) buscando um controle eficiente, que proporcione baixo e mínima contaminação ambiental.

Na apresentação de André Ribeiro foram destacados aspectos sobre a importância da identificação dos alvos, a escolha de pontas de pulverização e a importância do tamanho de gota.

Neste ano de 2019 estão previstos workshops, seminários e dias de campo. Assuntos como: Manejo sustentável do solo em cultivos do Cerrado, Manejo dos sistemas agrícolas irrigados, agroecologia e ainda, formação de responsáveis técnicos e auditores da Produção Integrada de Pulses que acontecerão em Goiás. 

Este é o quarto ano em que o Crea-GO e a Embrapa firmam parceria para a formação de técnicos que atuarão no apoio ao homem do campo e para o fortalecimento da agricultura no Estado. 

A parceria conta, também, com o poio de outras instituições que atuam em Goiás, entre elas a Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg); o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-GO); o Sindicato Rural de Goiás; o Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (IFAG); o Instituto Federal Goiano (IFGoiano); Universidade Federal de Goiás (UFG); o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e a JHS Sementes.

CIÊNCIA RECUPERA SOLOS DEGRADADOS EM ÁREAS PETROLÍFERAS NO NORDESTE - Textos, Embrapa

Texto produzido por Embrapa

Pesquisadores desenvolveram uma metodologia que possibilita o crescimento rápido de espécies arbóreas e arbustivas em solos degradadas pelas atividades de produção de petróleo e gás natural. A base é uma tecnologia já consagrada há mais de duas décadas para recuperação de áreas degradadas pela mineração e aplicada no Sudeste e no Norte do país. O trabalho de recuperação foi validado e conta com mais de uma década de estudos. Os cientistas pretendem agora capacitar técnicos para atuarem na recuperação de áreas degradadas a fim de que retomem a vegetação nativa ou sejam destinadas a lavouras ou pastagens.

O estudo, nas regiões do Vale do Assu, Mossoró e Macau, no Rio Grande do Norte, é fruto de uma parceria entre a Embrapa e a Petrobras, e conta ainda com a participação da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa).

“Nos plantios feitos há doze anos, já é possível ver animais e plantas da Caatinga nativa presentes, superando inclusive um dos maiores períodos de seca na região, entre 2012 e 2017”, atesta Alexander Resende, pesquisador da Embrapa Agrobiologia (RJ).

Os solos após a extração mineral encontram-se muito pedregosos, com baixo teor de matéria orgânica, num bioma que chove menos de 600 mm por ano. Esse tipo de ambiente, criado a partir da mineração de piçarra, é um ambiente novo, criado pelo homem e não existente na Caatinga nativa. Por esse motivo, foi necessário buscar espécies capazes de se adaptar a esse sistema. A técnica desenvolvida pela Embrapa utiliza principalmente espécies da família das leguminosas que, inoculadas com bactérias e fungos, adquirem maior resistência e conseguem crescer em meio ao solo degradado pelas atividades de produção do petróleo.

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Drones monitoram a recuperação

Os pesquisadores da Embrapa e da Petrobras introduziram novas ferramentas no monitoramento das áreas revegetadas, como o uso de drones para tirar fotos e avaliar como as plantas estão crescendo e ocupando o solo. “O objetivo nesse caso é ver a velocidade com que as plantas cobrem o solo e a taxa de variação entre o período de seca e de chuva”, revela o pesquisador da Embrapa Alexander Resende.

Toda área é monitorada. Os pesquisadores querem avaliar o desenvolvimento e a sobrevivência das espécies introduzidas desde os primeiros anos do estudo, ver o efeito desses plantios no recrutamento natural de novas espécies e na recuperação do substrato dos ambientes degradados. “Ter a possibilidade de continuar avaliando experimentos de mais de dez anos nesse bioma ainda pouco estudado é um marco para a pesquisa no Brasil”, analisa o engenheiro ambiental do Cenpes/Petrobras Frederico Machado.

Foto: Magda Cruciol

São 191 hectares em processo de recuperação e cerca de 200 mil mudas plantadas. Segundo os pesquisadores, foram testadas várias espécies e formas de plantio. As juremas preta e branca, assim como o sabiá, são exemplos de algumas plantas que se adaptaram bem. Elas são adubadas com esterco e, quando possível, plantadas sobre áreas nas quais adiciona-se solo superficial proveniente de novas alocações de poços de petróleo.

As áreas recuperadas tinham características bem peculiares, pois se tratavam de jazidas de extração de piçarra (material utilizado em embasamento das construções civil e de petróleo, similar ao saibro) e poços de petróleo em terra. Diante de duas situações diferentes, os pesquisadores precisaram adaptar a técnica para cada uma delas.

Foco no plantio e na retenção de água

A viabilização de plantios em períodos secos, assim como a avaliação de métodos que aumentem a retenção de água no solo, foram premissas da parceria. Para contornar o estresse hídrico, os pesquisadores da Embrapa utilizaram estratégias para preservar a umidade do solo no pós-plantio, como a adição de palha de carnaúba, o uso de mudas com raízes alongadas e de condicionadores de umidade do solo como esterco e hidrogel. “Já temos plantas como a orelha-de-macaco e a jurema com mais de três metros de altura em menos de dois anos de plantio, o que é um resultado excelente para as condições em que estamos trabalhando”, comemora o pesquisador da Embrapa Guilherme Chaer,

Tecnologia na vitrine

Essa tecnologia de recuperação de áreas será apresentada no 6º Congresso Nordestino de Engenharia Florestal (Coneflor), que será realizado na segunda semana de maio, em Mossoró (RN). Os participantes do evento poderão visitar em primeira mão, no dia 10, a vitrine de tecnologias elaborada por pesquisadores da Embrapa e da Petrobras. O local será um espaço para troca de experiências sobre restauração ambiental da Caatinga.

Recuperar esse tipo de área degradada é complexo e pode ser bastante oneroso, dada a severidade de alteração no ecossistema. O engenheiro ambiental do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes), Frederico Machado, explica que o objetivo inicial era reduzir o tempo e diminuir os custos da recuperação das áreas no Nordeste. Mas a parceria entre os pesquisadores das duas estatais deu tão certo que o resultado pode ser levado para outras regiões. “Apesar das especificidades do bioma, acredita-se que algumas técnicas poderão ser utilizadas em outras unidades operacionais da companhia”, revela Machado.

Restauração ecológica com retorno econômico

A maioria dessas áreas são arrendadas e precisam ser devolvidas aos proprietários em condições para o desenvolvimento de atividades produtivas ou para recomposição da reserva legal da propriedade. O analista ambiental da Unidade Operacional de Rio Grande Norte e do Ceará/Petrobras Erik Petric explica que as ações de recuperação ambiental são definidas de acordo com as diretrizes estabelecidas pelos órgãos de fiscalização ambiental e do uso que o proprietário pretende dar às suas terras ao recebê-las de volta. Petric acompanha as pesquisas no Rio Grande do Norte há 12 anos. “Sem essa técnica estaríamos enfrentando dificuldades para ter sucesso na recuperação das nossas áreas”, pontua o analista.

Embora já tenham comprovado o sucesso da técnica, os pesquisadores querem agora ampliar o número de espécies e também viabilizar novas alternativas de plantio que conciliem a restauração ecológica com o retorno econômico. “Estamos avaliando a adaptação de cerca de 30 espécies, entre elas algumas bem emblemáticas do Semiárido, como o mandacaru, a carnaúba e a catanduva, as frutíferas como o caju e o umbu, e outras com potencial madeireiro como o sabiá e a aroeira”, detalha Chaer.

Na área usada pela pesquisa, os cientistas pretendem criar uma espécie de vitrine de tecnologias para capacitação de técnicos e agricultores. “Queremos demonstrar que é possível dar uso econômico a essas áreas em processo de recuperação”, informa Chaer. A ideia é utilizar as técnicas de revegetação para restaurar o meio ambiente no bioma Caatinga e também introduzir sistemas de produção sustentáveis como, por exemplo, silvipastoris e agroflorestais.

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As diferentes áreas a serem recuperadas

Jazidas de extração de piçarra: nessas áreas, toda a camada superficial do solo, rica em nutrientes, matéria orgânica, sementes e fauna foi retirada para se obter a piçarra, material utilizado em embasamento das construções civil e de petróleo, similar ao saibro. Isso deixa o solo praticamente sem vida, com cavas que podem chegar a alguns metros de profundidade.

Em um cenário de extrema alteração no ecossistema, os pesquisadores precisaram proceder a ordenação da paisagem, direcionando a água proveniente de chuvas para pontos específicos, de forma a concentrá-la e criar “barrajonas”, grandes reservatórios de água que possibilitam a dessedentação animal, por exemplo. “Em um ambiente de Semiárido, essa técnica é extremamente valorizada pelo proprietário das terras”, explica o pesquisador Alexander Resende.

Após essa etapa, também há a necessidade de ordenamento dos taludes, melhorando sua estabilização e efetuando o plantio com espécies capazes de resistir a essa situação de extrema degradação. A piçarra retirada é utilizada para fazer o embasamento em áreas de acesso e em novas alocações de poços de petróleo em terra.

Bases de poços de petróleo em terra: quando se identifica potencial ocorrência de petróleo em uma localidade específica, são abertas áreas e retirado o solo superficial (que será utilizado para recuperação de antigas áreas degradadas). Nesses locais, visando permitir que a sonda de perfuração trabalhe, é adicionada a piçarra, que após compactação, permite a entrada da sonda no novo poço petrolífero. Esse material também é utilizado em estradas de acesso para esses poços. Após o encerramento da produção de petróleo, essa área também precisa ser revegetada.

Foto: Alexander Resende

COMPOSTAGEM MELHORA PRODUTIVIDADE DE LAVOURAS NO NORDESTE - Textos, Embrapa

Texto produzido por Embrapa

Pesquisas realizadas na Região Nordeste pela Embrapa indicam que o uso de composto orgânico, produto gerado no processo de compostagem, traz benefícios econômicos e ambientais. No plantio de milho, foi capaz de gerar um aumento de até três mil quilos por hectare na produção do grão sem a adubação, comparando-se ao cultivo tradicional feito por agricultores com baixa capacidade de investimentos.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Meio-Norte (PI) Henrique Antunes, esse é um valor interessante comparado às médias de produção no Ceará, por exemplo, que costumam ser abaixo de mil quilos por hectare.

Para as áreas de capim-elefante para corte, o incremento da produção é de cerca de 20% nos primeiros dois cortes, quando o composto é a única fonte de nutrientes da capineira. As pesquisas foram feitas nos campos experimentais da Embrapa Caprinos e Ovinos, em Sobral (CE).

Destino para 47 mil toneladas anuais de resíduos

Nas criações de caprinos e ovinos, muito comuns nas propriedades nordestinas, os resíduos podem se tornar um importante insumo, reduzindo custos de produção com preservação do ambiente. Segundo dados do Centro de Inteligência e Mercado de Caprinos e Ovinos da Embrapa, o Brasil possui um rebanho de cerca de 28,2 milhões de cabeças desses animais e 520 frigoríficos e abatedouros registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Desse total, aproximadamente 71% encontra-se na Região Nordeste, ou seja, cerca de 20 milhões de cabeças e 62 frigoríficos. Estudo realizado por técnicos da Embrapa estima que os processos de criação e abate dos animais geram cerca de 47 mil toneladas de resíduos por ano no Brasil que, sem tratamento adequado, podem causar severos danos ambientais e à saúde pública.

É bom para mudas e áreas degradadas

O composto orgânico beneficia também a produção de mudas, quando empregado na formação de substrato. Experimentos mostraram que ele também é útil na recuperação de áreas degradadas por disponibilizar uma grande quantidade de matéria orgânica, que atua na melhoria das condições físicas do solo. Outra vantagem é a redução na aplicação de fertilizantes minerais no solo, diminuindo custos da produção e promovendo a ciclagem de nutrientes, ou seja, o retorno desses elementos para o sistema por meio da decomposição de matéria orgânica e incorporação ao ambiente durante o ciclo de produção das plantas.

A matéria orgânica é fonte de energia para microrganismos importantes para a agricultura. Ela ajuda a melhorar a estrutura e o arejamento do solo. Além disso, sua capacidade de armazenar água contribui para a retenção de potássio, cálcio, magnésio e outros nutrientes em formas disponíveis para as raízes, protegendo-as da lavagem pela água das chuvas ou da irrigação.

Pesquisas indicam ainda que alguns produtos de decomposição da matéria orgânica têm efeito hormonal ou estimulante para o desenvolvimento das raízes das plantas. Pesquisadores da Embrapa Caprinos e Ovinos (CE) vêm trabalhando desde 2010 com compostagem como alternativa para reaproveitamento de insumos para a agricultura.

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Como funciona a compostagem

De acordo com o médico-veterinário da Embrapa Eduardo Oliveira, a compostagem é uma técnica biológica de decomposição e sanitização controlada da matéria orgânica à alta temperatura (45º a 70º C) pela ação de bactérias e fungos que transformam as carcaças em um produto útil, denominado de composto. “A tecnologia pode atender produtores e indústria de abate com instalações de baixo investimento, praticidade e fácil operacionalização, impedindo a produção de moscas e odores, reduzindo e reciclando matéria orgânica na origem,” detalha.

A compostagem feita pela Embrapa reaproveita resíduos do trabalho realizado nos campos experimentais, como restos de capim-elefante ou silagem que sobra dos comedouros ou podas de jardins (fontes de carbono), carcaças, placentas, animais natimortos e esterco (fontes de nitrogênio). Em aproximadamente 150 dias, já é possível obter composto orgânico, que pode ser usado como adubo em áreas agrícolas. O volume das carcaças também é reduzido em 90% e a presença de microrganismos como Salmonella, Escherichia coli e coliformes termotolerantes é eliminada ou reduzida aos níveis estabelecidos por lei.

Oliveira explica que o custo para construir uma composteira pequena, que atenda a um rebanho de cerca de 80 a 100 animais, fica em torno de R$ 2 mil. O produtor pode ainda utilizar materiais que já existam na propriedade ou restos de construção, como madeiras, telhas de qualquer tipo, cimento e lonas, reduzindo muito o custo final da instalação.

A estrutura é simples e rústica. O piso pode ser cimentado ou protegido por lona, desde que impeça a entrada da água da chuva, e fechado na lateral, com paredes de 1,6 metros de tijolo ou madeira.

A partir deste ano, pesquisadores da Embrapa vão utilizar a técnica da compostagem em unidades de processamento que serão implantadas em municípios do interior do Ceará, no âmbito de projetos realizados com pequenos produtores. “O objetivo é mitigar os impactos dos resíduos produzidos e gerar uma alternativa de receita para essas unidades, com a venda da matéria orgânica proveniente”, explica o pesquisador da Embrapa Jorge Farias. Segundo ele, após a implantação, serão ministradas capacitações sobre compostagem para técnicos e agricultores.

Foto: Eduardo Oliveira

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