Durante o Fórum Técnico da 29ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, o pesquisador da Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS) Jamir Silva falou sobre a integração Lavoura-Pecuária (iLP) como estratégia para diversificação das lavouras de arroz em terras baixas. A atividade ocorreu no auditório principal, na Estação Experimental Terras Baixas (ETB).
Na palestra, o pesquisador explicou que os ciclos de pastagens aliados ao pastejo são responsáveis pela recuperação de carbono e regeneração do solo, e que a técnica permite intensificar a produção de maneira mais sustentável.
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“O futuro da alimentação do planeta passa por soluções para intensificação sustentável da produção, que promovam ganhos de eficiência para se produzir mais alimento com menos área, água e outros insumos e nutrientes”, disse.
Segundo o pesquisador, alguns modelos de ILP permitem incremento de 6% a 17% nas lavouras de arroz ao aproveitar os benefícios que a pecuária deixa no solo a nível de pousio. Em trabalhos previamente realizados, chegou-se a observar ganhos de 24% nas lavouras de arroz irrigado nas áreas com as melhores pastagens leguminosas de inverno em três anos de pousio.
Em relação ao cultivo em terras altas, o pesquisador também destacou a produção de carne equivalente a 65% a mais do que a soja na integração com pastagem de inverno e com lotação adequada de animais na área. As avaliações foram de oito anos, em sistemas no município de Tupanciretã/RS.
Para Jamir, esses resultados têm relação direta com o incremento da qualidade do solo gerado pela integração. Para exemplificar, o pesquisador apresentou quatro modelos de cultivo, destacando os benefícios daquele em que a integração é realizada com três anos de pastagens e três de culturas. “É importante trabalhar essa integração nos nossos sistemas aqui na região”, afirmou.
No entanto, Jamir chamou atenção que ter lavoura e animais na propriedade não necessariamente significa integração. “Sistemas integrados pressupõem aproveitar o sinergismo nas interações das atividades na mesma área. Não é apenas uma propriedade diversificada”, explicou.
O segredo, de acordo com Jamir, é que os animais comam de “boca cheia”, reduzindo até 40% a 50% da parte aérea das plantas. Para isso, é necessário se fazer ajuste de carga animal, de maneira que sempre haja oferta de folhas para o pastejo. Isso faz com que os animais caminhem menos e, assim, gastem menos energia. “O manejo de pasto é o desafio”, afirma.
A presença dos animais também permite a adubação de sistemas. “Temos que aproveitar as fezes e a urina que tão caindo no solo. É isso que vai melhorar a qualidade do meu ambiente”, completou. Para ele, solos descobertos representam perda de matéria orgânicas, nutrientes e água, além de custos mais elevados das lavouras.
Durante o Fórum Técnico da 29ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, o pesquisador da Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS) Jamir Silva falou sobre a integração Lavoura-Pecuária (iLP) como estratégia para diversificação das lavouras de arroz em terras baixas. A atividade ocorreu no auditório principal, na Estação Experimental Terras Baixas (ETB).
Na palestra, o pesquisador explicou que os ciclos de pastagens aliados ao pastejo são responsáveis pela recuperação de carbono e regeneração do solo, e que a técnica permite intensificar a produção de maneira mais sustentável. “O futuro da alimentação do planeta passa por soluções para intensificação sustentável da produção, que promovam ganhos de eficiência para se produzir mais alimento com menos área, água e outros insumos e nutrientes”, disse.
Segundo o pesquisador, alguns modelos de ILP permitem incremento de 6% a 17% nas lavouras de arroz ao aproveitar os benefícios que a pecuária deixa no solo a nível de pousio. Em trabalhos previamente realizados, chegou-se a observar ganhos de 24% nas lavouras de arroz irrigado nas áreas com as melhores pastagens leguminosas de inverno em três anos de pousio.
Em relação ao cultivo em terras altas, o pesquisador também destacou a produção de carne equivalente a 65% a mais do que a soja na integração com pastagem de inverno e com lotação adequada de animais na área. As avaliações foram de oito anos, em sistemas no município de Tupanciretã/RS.
Para Jamir, esses resultados têm relação direta com o incremento da qualidade do solo gerado pela integração. Para exemplificar, o pesquisador apresentou quatro modelos de cultivo, destacando os benefícios daquele em que a integração é realizada com três anos de pastagens e três de culturas. “É importante trabalhar essa integração nos nossos sistemas aqui na região”, afirmou.
No entanto, Jamir chamou atenção que ter lavoura e animais na propriedade não necessariamente significa integração. “Sistemas integrados pressupõem aproveitar o sinergismo nas interações das atividades na mesma área. Não é apenas uma propriedade diversificada”, explicou.
O segredo, de acordo com Jamir, é que os animais comam de “boca cheia”, reduzindo até 40% a 50% da parte aérea das plantas. Para isso, é necessário se fazer ajuste de carga animal, de maneira que sempre haja oferta de folhas para o pastejo. Isso faz com que os animais caminhem menos e, assim, gastem menos energia. “O manejo de pasto é o desafio”, afirma.
A presença dos animais também permite a adubação de sistemas. “Temos que aproveitar as fezes e a urina que tão caindo no solo. É isso que vai melhorar a qualidade do meu ambiente”, completou. Para ele, solos descobertos representam perda de matéria orgânicas, nutrientes e água, além de custos mais elevados das lavouras.
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