Fonte: Embrapa
Três oficinas foram realizadas pelas equipes da Embrapa e Sebrae.
Uma série de três oficinas técnicas mobilizou agricultores, extensionistas e alunos de escolas famílias rurais dos municípios de Mazagão, Itaubal e Santana (AP), nos dias 23, 25 e 27 deste mês, para a avaliação em campo de 42 cultivares de mandioca desenvolvidas para as condições de clima e solo do Amapá. A programação foi coordenada pelo pesquisador da Embrapa Amapá, Adriano Marini, e pelo analista do Sebrae Amapá, Reginaldo Macedo.
Durante a oficina de encerramento da programação, neste último sábado, 27/04, foi feita a colheita das variedades que estão sendo analisadas. O evento, na Fazenda Bela Vista, localizada na comunidade Pirativa do Maruanum – município de Santana, contou com as presenças do Secretário Estadual de Desenvolvimento Rural, Daniel Montagner; do presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae (CDE) e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amapá (Faeap), Iraçu Colares; do Chefe-Geral da Embrapa Amapá, Nagib Melém; do Diretor Superintendente do Sebrae, Waldeir Garcia Ribeiro; e respectivas equipes técnicas.
Os participantes e convidados verificaram in loco o avanço dos estudos nos aspectos quantitativo e qualitativo das cultivares de mandiocas, abrangendo brotação, ocorrência de pragas, plantas aptas para a colheita, altura da planta, altura da primeira ramificação, peso da parte aérea, peso das raízes (produtividade), teor de amido das raízes; quantidade de plantas tombadas, distribuição de raízes, comprimento do pedúnculo, facilidade de colheita, cor da película da raiz, cor da polpa da raiz, forma e constrições da raiz. As análises fazem parte do início do processo de indicação de variedades de mandioca mais adaptadas às condições climáticas e de solo nas regiões do Amapá. O processo é evolutivo, na busca da indicação de variedades de mandioca mais adaptadas as condições das diversas regiões no Amapá, dentro de uma amostragem de 42 variedades plantadas, sendo 10 regionais e 32 de fora do estado. Após a conclusão das análises, os resultados serão disponibilizados ao público, por meio de seminário.
Esta fase do trabalho é viabilizada no Amapá pelo Projeto Mandiotec, financiado pelo Fundo Amazônia, e apoio do Sebrae através do termo de cooperação técnica “Fortalecimento da Produção Agrícola do Estado do Amapá Através da Transferência de Tecnologias (Agroamapá)”. O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae (CDE) Iraçu Colares, destaca que a parceria com a Embrapa apresenta resultados positivos para pequenos negócios rurais no segmento da mandiocultura. “O Termo de Cooperação Técnica tem resultado em ações de transferência de tecnologia sobre sistemas de produção, boas práticas na produção, treinamento das famílias de agricultores e de técnicos, multiplicadores das novas tecnologias apresentadas”.
Parcerias fortalecem a pesquisa agropecuária em várias áreas
A participação efetiva dos produtores rurais, no processo de avaliação das cultivares, foi ressaltada pelo Chefe-Geral da Embrapa Amapá. “A parceria com o Sebrae, o Rurap e os produtores já demonstram bons resultados, por exemplo com a banana em Porto Grande, e agora com mandiocultura em mais três áreas do Amapá (Mazagão, Itaubal e Santana), onde neste sábado tivemos o ponto culminante com a colheita das variedades, dentro de uma pesquisa que vai dar subsídios para futuramente termos uma recomendação de cultivares de mandioca bem adaptadas ao solo e ao clima do Amapá”, acrescentou Nagib Melém.
As oficinas foram realizadas com participação de alunos das escolas famílias rurais, como parte do processo de aprendizagem sobre técnicas práticas de seleção, e também apoio de técnicos do Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap). No dia 23 de abril foi mobilizada a comunidade do Piquiazal, município de Mazagão; no dia 25 foi a vez da oficinal realizada na comunidade do Curicaca, município de Itaubal; e no sábado, 27, a programação ocorreu na comunidade Pirativa do Maruanum (Santana). Acadêmicos do curso de Agronomia da Universidade Federal do Amapá (Unifap), campus Mazagão, também participaram da oficina no Pirativa. As análises dos estudos foram apresentadas aos produtores da Coopercedro e aos colaboradores da fazenda Bela Vista.
Pela Embrapa Amapá participaram da oficina na comunidade Pirativa do Maruanum, a chefe adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento, Jamile Araújo; a chefe adjunta de Administração, Solange Chaves; o chefe adjunto de Transferência de Tecnologias, Adilson Lima; a pesquisadora Valeria Bezerra; o técnico Aderaldo Gazel; e os assistentes Carlos Alberto Moraes, Flávio Oliveira, Manoel Jonas de Jesus Viana e Paulo Silva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Compartilhe sua opinião sobre esta matéria. Comente esta matéria. Os comentários são verificados pelo Agrosoft antes de serem publicados.