Fonte: Embrapa
O processo natural da fixação biológica de nitrogênio (FBN), que ocorre em associações de plantas com bactérias diazotróficas, encontradas em muitos tipos de solos, foi destacado pela aluna de Engenharia Agronômica Steffane Pereira De Magalhães, 20, durante o Curso de Microbiologia Agrícola, realizado nos laboratórios da Embrapa Amapá no período de 24 a 26 deste mês. “Está sendo maravilhoso, um aprendizado grande. A professora falou na sala de aula sobre a fixação biológica do nitrogênio e microbiologia do solo como um todo, e aqui a gente está praticando este aprendizado teórico.
É bacana, porque vamos aproveitar esse conhecimento nas atividades de extensão com os produtores da Colônia Agrícola do Matapi”, acrescentou a estudante. Ela faz parte dos 32 acadêmicos selecionados por professores do curso Engenharia Agronômica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (IFAP), campus Porto Grande (AP), para participar da capacitação.
A programação consistiu em apresentações e práticas, pela manhã e a tarde, voltadas ao conhecimento científico de fungos e bactérias que atingem vegetais de diversas espécies, como limoeiro, cajueiro, bananeira, entre outros. O objetivo foi proporcionar conhecimentos práticos de algumas vertentes da microbiologia do solo aplicados à agricultura, a fim de contribuir com o aprendizado dos alunos, associando as aulas teóricas às praticas desenvolvidas em laboratórios.
Como parte do curso, os alunos aprimoram o conhecimento sobre fitopatologia (estudo das doenças das plantas), fungos entomopatogênicos no controle de moscas-das-frutas, fixação biológica de nitrogênio, métodos de isolamento das amostras em laboratórios e de análise dos microorganismos. Atuaram como instrutores, o chefe de Transferência de Tecnologias da Embrapa Amapá, Adilson Lopes Lima; o pesquisador Wardsson Lustrino Borges; a analista Adriana Bariani; e o analista Leandro Damasceno, contribuindo para disseminar informação técnico-científica através da formação de estudantes da área agrícola. As aulas práticas aconteceram nos Laboratórios de Entomologia, com atividades também no Laboratório de Alimentos.
A motivação é associar a teoria à prática
A professora Flaviana Gonçalves, responsável pela disciplina Microbiologia do Solo, enfatizou que a motivação é associar ao máximo a teoria à pratica. “Por isso busquei a parceria da Embrapa, junto com os demais professores, para mostrar aos alunos algumas vertentes dentro da microbiologia do solo. Diante da experiência dos pesquisadores e analistas da Embrapa, que estudam bastante o tema, é de grande importância para nossos alunos que obtenham mais conhecimentos nesta instituição, e sem falar na questão de despertar o interesse para a pesquisa científica”. O professor Nilvan Carvalho Melo (Solos) acrescentou que inclusive vários alunos selecionados para este curso já atuam em projetos de Iniciação Científica, junto com os professore do campus Porto Grande. “Então para eles é um grande avanço, estimula ainda mais”, disse Melo, que também é diretor de Pesquisa e Extensão do campus Porto Grande do IFAP. Os alunos ficarão com a responsabilidade de elaborar um relatório técnico descritivo das atividades desenvolvidas durante o curso, e participarão de relatos orais em sala de aula.
O aluno Cássio Freitas de Oliveira, 18, durante os dias de aula reside em Porto Grande, e no final de semana permanece em Macapá, onde residem seus pais. Não exatamente por causa dos atrativos urbanos. “Meu pai possui terreno aqui perto da cidade (a 17km do perímetro urbano) e gosto demais de acompanhar, tem muita mandioca, piscicultura. Esta é uma das justificativas para eu estar cursando Agronomia. Com relação ao curso de Microbiologia Agrícola, ele afirmou que “foi muito bom, apesar de ter sido pouco tempo, deu para falar sobre as áreas da microbiologia, passaram para a gente o que acontece hoje sobre o controle biológico, sobre um dos principais processos que é a fixação biologia do nitrogênio, e o estudo de microorgnaimos que é a matéria contemplada neste curso. Achei boa estrutura da Embrapa e a disponibilidade dos profissionais para nos receber”. Também fizeram parte da equipe do IFAP que acompanhou os alunos, o Técnico em Agropecuária Eduardo José de Carvalho; e os professores Cleber Macedo de Oliveira (Cordenador do curso) e Anderson Marcelino de Arandas (Química).
O curso Engenharia Agronômica do campus Porto Grande do IFAP começou a funcionar em fevereiro de 2018, com vagas preenchidas através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do Ministério da Educação (MEC). O curso é integral (aulas pela manhã e à tarde) e o primeiro de nível superior ofertado no município de Porto Grande, considerado um pólo de produção agrícola do estado do Amapá.
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