Texto produzido por Embrapa
Localizada no entorno da comunidade quilombola da Maloca, em Aracaju, a Escola Estadual 11 de Agosto, que atende alunos do ensino fundamental, entre os quais crianças e adolescentes com deficiências de alto grau e diferentes tipos de comprometimento, terá em breve uma vitrine tecnológica de aquaponia – sistema de produção integrado de peixes e vegetais sem solo e com ciclagem de água e nutrientes, minimizando os resíduos no ambiente.
A iniciativa é resultado da parceria entre a Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE) e o Colégio e Faculdade Amadeus, e integra as ações dos programas Embrapa & Escola, de popularização da ciência entre crianças e adolescentes, e Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), que integram a Agenda 2030 da ONU.
Na terça (9), o supervisor e a analista de Transferência de Tecnologia da Unidade da Embrapa, Paulo Carneiro e Raquel Fernandes, o coordenador do Programa Embrapa & Escola, José Roque de Jesus, e os coordenadores do Programa de Educação Ambiental e Sustentável e do Programa Olimpíadas e Voluntariado do Amadeus, José Bezerra e Ronaldo Cruz, reuniram-se com a diretora da escola, Otília Ferreira, para discutir os detalhes da implementação.
Durante a reunião os agentes detalharam o planejamento das atividades de instalação do sistema de aquaponia como ferramenta pedagógica no processo de ensino e aprendizagem para os alunos da 11 de Agosto.
Previsto para ser instalado até maio, o sistema poderá funcionar, com agendamento prévio, como espaço de aprendizagem também para alunos de outras escolas e sociedade geral.
Esta será a segunda vitrine tecnológica de aquaponia instalada em parceria no âmbito do Embrapa & Escola em Sergipe. A primeira foi instalada em 2017 no Amadeus e tem servido como uma rica ferramenta de aprendizado de ciências biológicas, extas e conscientização ecológica junto a alunos de todos os estágios.
O professor José Bezerra informou que o material necessário para instalação do sistema aquapônico na 11 de Agosto, a exemplo de bombas, canos, tonéis e peixes, será financiado pelo Amadeus.
De acordo com Paulo Carneiro, a produção de alimentos saudáveis por meio de práticas que primam pela conservação ambiental é um dos principais objetivos da aquaponia. “Dessa forma, sistemas de aquaponia instalados em escolas podem ser utilizados como ferramentas pedagógicas de ensino de matemática, química, física, biologia e educação ambiental, tanto aos alunos quanto para as comunidades envolvidas com o espaço escolar”, ressaltou.
Otília Ferreira destacou a importância da experiência com aquaponia para o fortalecimento da parceria entre a escola e comunidade quilombola do entorno, conhecida como Maloca, uma vez que já existe uma horta comunitária nas dependências da Escola. “Lideranças da Maloca já nos procuraram interessadas em conhecer técnicas de aquaponia com possiblidade de adotá-las lá no quilombo”, conta Ferreira.
Raquel Fernandes apontou o papel da escola no cumprimento da Agenda 2030 da ONU, cujo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 4 – Educação de Qualidade e metas correlatas buscam assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade para todos. Nesse sentido, Fernandes e Carneiros, pontos focais da Rede Embrapa ODS, colocaram-se à disposição para apoiar a Escola 11 de Agosto a se inserir na Agenda 2030.
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