Texto produzido por Embrapa
No dia 15 de abril, evento para convidados, no Museu do Meio Ambiente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, vai celebrar o Dia Nacional da Conservação do Solo.
“Nosso intuito, com essa celebração, é atingir o cidadão urbano, por isso sua realização no Rio de Janeiro. Queremos mudar a opinião das pessoas sobre o solo, ele não é barro ou sujeira, a terra é produção de comida, garantia de água”, diz José Carlos Polidoro, chefe geral da Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ) uma das organizadoras do evento ao lado da Secretaria de Inovação e Cadeias Produtivas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Secretaria do Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do RJ.
Por sinal, a realização do encontro no Jardim Botânico é emblemática pelos problemas enfrentados pelo bairro na forte chuva do dia 08 de abril.
“Muitos dos efeitos negativos desse temporal poderiam ser minimizados por uma ocupação mais racional da terra”, ressalta Polidoro. No dia 05 deste mesmo mês o pesquisador esteve no Ministério da Agricultura, em Brasília, onde apresentou, o Programa Nacional de Solos do Brasil (PronaSolos) para a equipe do novo Governo. O Programa é um trabalho inédito de grandes proporções que irá elevar o conhecimento sobre os solos brasileiros. Ele pretende mapear nosso território e gerar dados com diferentes graus de detalhamento para subsidiar políticas públicas, auxiliar gestão territorial, embasar agricultura de precisão e apoiar decisões de concessão do crédito agrícola, entre muitas outras aplicações.
“Temos orgulho de liderar o PronaSolo, é impossível não registrar a dedicação das equipes de pedologia e zoneamento da Embrapa Solos na elaboração do Plano. Esses cientistas dedicaram um ano da sua vida profissional a esta tarefa”, ressalta Polidoro.
A comemoração do Dia Nacional da Conservação do Solo também inclui o homem do campo. “Se a relação do produtor com a terra fosse aprimorada teríamos mais produção agrícola com mais sustentabilidade, menos perda por degradação de solo. Não teríamos 60 milhões de hectares de pastagens degradadas, com rios perdendo seu potencial hídrico, o que influencia até a produção de energia elétrica. Tragédias como a da Região Serrana Fluminense, em 2011, seriam minimizadas com a execução do PronaSolos”, lembra o chefe geral da Embrapa Solos. Vale lembrar que o decreto que criou o PronaSolos foi assinado em dezembro de 2017.
A primeira etapa do PronaSolos será unir todo conhecimento produzido nas últimas três décadas; organizá-lo, interpretá-lo e colocá-lo à disposição do cidadão em um portal. O site também terá orientações práticas como “não impermeabilize todo seu quintal, isso pode causar uma enxurrada”, “na lavoura, não remova o terraço quando for fazer o plantio isso causa erosão” etc.
Veja abaixo a programação do Dia Nacional da Conservação do Solo no Museu do Meio Ambiente:
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