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quinta-feira, 11 de abril de 2019

FAMÍLIAS BUSCAM ORIENTAÇÕES PARA IMPLEMENTAR O PROCESSO DE SUCESSÃO NO CAMPO - Textos, Faemg

Texto produzido por Faemg

É grande o desafio da sucessão familiar na empresa rural e a descentralização da gestão e preparação dos sucessores. O tema tem ganhado cada vez mais destaque entre as discussões que permeiam a agricultura. A migração dos jovens rurais para os grandes centros urbanos é uma preocupação constante. Para que haja o interesse do sucessor, é necessário implementar um sistema de governança corporativa, desde que o ambiente permaneça tranquilo e harmonioso.

O processo de sucessão, iniciado bem antes, faz muita diferença. Preparar os membros da família para que seja feita uma boa gestão da propriedade e dar continuidade ao trabalho no campo, são objetivos do Sucessão no Campo, programa oferecido pelo Sistema Faemg/Senar Minas, que é pautado nos pilares: patrimônio, família, negócio.

Em Cambuquira, famílias rurais participaram do programa e já estão aplicando a metodologia.

“Encerramos mais um programa Sucessão no Campo em Cambuquira e, eu diria, com muito sucesso. Essa turma é a primeira, após os 3 programas pilotos experimentados em Coromandel, no Alto Paranaíba; Coqueiral e Varginha, no Sul de Minas”, explica o instrutor José Heleno Húngaro. No município o programa foi desenvolvido em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Cambuquira e o Sistema Sicoob Credivar.

De acordo com o instrutor, a proposta do programa está sendo cumprida. O objetivo é orientar os participantes (sucessores e sucedidos) a realizar o processo de sucessão de forma mais tranquila, planejada e, no momento oportuno, minimizando os possíveis conflitos de gerações e de interesses entre sucessores e sucedidos e maximizando as potencialidades de ambos.

José Heleno reforça ainda que, a condução do processo sucessório, é de responsabilidade de todos os envolvidos. Entretanto, cabe ao patriarca a iniciativa de dar início ao processo, afinal, na maioria dos casos, foi ele que construiu, com muito esforço, o patrimônio da família. Aos sucessores cabe a responsabilidade de dar continuidade aos negócios, buscando o crescimento e consolidação desse patrimônio e dos negócios.

O gerente regional de Lavras, Wander Magalhães, acompanhou o encerramento do programa em Cambuquira. Segundo ele, o programa Sucessão no Campo têm a preocupação centrada em fazer a propriedade rural não deixar de ser produtiva e lucrativa para os herdeiros, após a partida do patriarca. “A transição entre sucessor e sucedido é feita harmoniosa, obedecendo um processo de gestão participativa de ambos os lados, cujas bases para isto são os pilares da sucessão: família, patrimônio e o negócio. Entender a relação entre eles é fundamental para que o processo de gestão da propriedade tenha sucesso dentro da linha de sucessão familiar. Quanto mais cedo se inicia esta condição dentro da família, maiores são as chances de sucesso, pois a propriedade rural é, antes de tudo, o local onde a família tira seu sustento e passa a ser enxergada como uma empresa. Manter esta empresa funcionando e dando lucro é fundamental para que as gerações futuras ali permaneçam e prosperem”.

Família unida no campo

A família deJoão Artur Siqueira Rodrigues, produtor rural, buscou entender melhor o método de sucessão familiar. Ele conta que, quando foram convidados a primeira pergunta foi: qual o tema a ser abordado? Para o produtor, o Sucessão no Campo seria para passar aos filhos o trabalho que desenvolveram há 35 anos, para que os filhos pudessem dar continuidade no que realizaram com muito carinho e dedicação. 

“Uma das razões que sinto e acho que tenho certeza, é que os filhos têm vontade em dar continuidade, pois os dois, Junior e Diogo, cursaram Engenharia Agronômica, sem nenhuma influência e logo que formaram, apenas perguntei se iriam para o mercado de trabalho ou trabalhariam comigo na roça. Estou trabalhando há 15 anos com o Junior e há 4 anos com o Diogo e, há nove meses, por iniciativa própria, com a filha, Mariá. Eu e minha esposa, estamos bem empenhados na sucessão para a continuação dos nossos trabalhos, portanto o curso Sucessão no Campo, veio no momento oportuno”, diz João Artur.

Maira Teresa Loureiro Rodrigues, a esposa, diz que o Sucessão no Campo trouxe para a empresa rural da família uma visão diferenciada, de como colocar em prática os seguimentos de uma jornada no campo. “Sentimos na pele que o planejamento de tudo vale à pena ser feito e que o potencial de uma empresa somente seguirá se tiver quem gerenciar e organizar”, conta.

Para a filha Mariá Raíssa Loureiro Rodrigues, que também participou do programa, o curso Sucessão no Campo tem o propósito de transformar herdeiros em sucessores e contribuir para o desenvolvimento e crescimento das atividades da família no campo. “O curso apresenta os conteúdos necessários para o gerenciamento de uma empresa, compartilhando experiências, estudos e conhecimentos, demonstrando o sentido e valor da empresa, dando ênfase em planejamento e, principalmente ampliando visões dos sucedidos e sucessores para que compartilhem informações, aceitem opiniões e ideias, buscando evoluir, caminhando juntos, para que possam obter o sucesso no campo e a sucessão no futuro”, finaliza.

Assista aqui a matéria feita pelo Café com TV com família da Fazenda Catiguá, em Cambuquira.

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