Texto produzido por Embrapa
Pesquisadores de três Unidades da Embrapa apresentaram na quarta e quinta (10 e 11) em Maceió os mais recentes avanços e resultados de pesquisas na produção de frutas durante o 3º Seminário de Fruticultura de Alagoas.
A produção de açaí, o cultivo de frutas de clima temperado no Semiárido, a agregação de valor à fruticultura e capacitações de produtores do estado nessa atividade agrícola foram os temas abordados pelos pesquisadores.
Com o objetivo de difundir conhecimentos para quem já trabalha com a fruticultura ou pretende diversificar a produção, entre outros interessados na atividade, o evento reuniu no Auditório da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (FAEAL) produtores rurais, potenciais empresários, técnicos e estudantes.
A realização foi do Sebrae em Alagoas, em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri).
Instituições como Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Embrapa, Sociedade Brasileira de Fruticultura (SBF) e Mibasa apoiaram o evento.
Na quarta (10), o pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA) João Tomé de Farias Neto apresentou a palestra ‘Sistema de produção do Açaizeiro e beneficiamento de açaí’. Na tarde do mesmo dia Paulo Roberto Coelho, pesquisador da Embrapa Semiárido (Petrolina, PE) apresentou ‘Fruticultura de clima temperado no Semiárido’.
No segundo e último dia do evento, foi a vez dos pesquisadores da Embrapa Alimentos e Territórios, Unidade recém-criada pela Embrapa em Maceió. Pela manhã, Ricardo Elesbão, chefe de Pesquisa da Unidade, apresentou ‘Inovação e Agregação de Valor na Fruticultura’. À tarde Lineu Alberto Domit apresentou uma proposta de capacitação continuada em fruticultura para os produtores alagoanos.
Elesbão, que também é presidente da Sociedade Brasileira de Fruticultura, destacou a importância de agregar novos conhecimentos e soluções inovadoras às cadeias produtivas. “Hoje somos capazes de produzir frutas de clima frio, como maçã, pera, ameixa e caqui no Sertão. Esta é uma alternativa muito interessante para Alagoas, que pensa em substituir algumas áreas de cana ou outras culturas que já não estão em desenvolvimento”, explica.
Foi justamente a pesquisa sobre produção de frutas de clima temperado no semiárido que atraiu o zootecnista José Roberto Campos, do município de Água Branca, alto sertão de Alagoas, para o 3º Seminário Alagoano de Fruticultura. Criador de caprinos e ovinos, a intenção dele é diversificar as atividades. “O nosso clima é favorável, minha intenção é produzir maracujá e eu quero aprender também sobre a possibilidade de cultivar maçãs. Isso me chamou a atenção”, comenta.
“O investimento em agricultura traz o melhor e mais rápido retorno social, pois a riqueza é distribuída, tem capilaridade e isso gera desenvolvimento. A fruticultura tem provado que nós temos o solo propício para isso, outros estados já têm projetos com êxito fantástico e nós precisamos de organização, modernidade, diversificação e financiamento, incentivo para aumentar a escala de produção”, avalia o secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura, Ronaldo Lessa.
“A importância deste evento é repassar alternativas econômicas passíveis de exploração em Alagoas. Para os produtores de cana-de-açúcar, por exemplo, diante da situação econômica do setor, a fruticultura vem se apresentando como uma excelente opção nas propriedades rurais”, afirma o analista da Unidade de Agronegócio (Uagro) do Sebrae em Alagoas, Manoel Ramalho.
*Com informações das Assesorias de Comunicação do Sebrae-AL, FAEAL, Senar e Algo Mais Consultoria e Assessoria
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