Fonte: Faemg
O Sistema Faemg/Senar Minas, em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Porteirinha, realizou entre os dias 15 e 17 de abril, o curso piloto de Saúde da Mulher. O treinamento foi ministrado pela instrutora Kely Cristina, e acompanhado pela instrutora Adervane Lélis, que participou da criação e construção do conteúdo do curso e tem o objetivo de desenvolver competências e habilidades à mulher, visando à promoção da sua saúde.
Doze mulheres de várias comunidades rurais do município foram escolhidas pelo sindicato para fazer parte do piloto.
O curso foi acompanhado pela assistente da coordenação da Promoção Social (PS) do Sistema Faemg/Senar Minas, Michele Camila de Paula, e pelo presidente do sindicato, Nilton César de Oliveira.
O treinamento de 24 horas/aula tem como objetivo informar as participantes sobre direitos e conquistas das mulheres ao longo da história, direito ao voto e ao estudo, mercado de trabalho, saúde física e emocional, gestação, alterações de humores, autoestima, relacionamentos conjugais, alto-medicação, sexualidade, violência física e psicológica, feminicídio, dentre outros.
Maria Helena Freitas, da comunidade de Bom Jesus, é diretora de formação de mulheres e jovens do sindicato e também faz parte da coordenação de mulheres do Norte de Minas. Entidades que dão apoio as mulheres na busca de sua independência financeira, promoção da saúde e empoderamento. Segundo ela, a participação no curso foi muito importante, pois recebeu várias orientações, que serão de grande valia no seu trabalho de orientação as mulheres da sua comunidade.
Maria José de Oliveira, da comunidade Paraguai, também achou de suma importância às orientações repassadas no curso Saúde da Mulher. Ela disse que aprendeu várias coisas que não tinha conhecimento, como a história de luta das mulheres ao longo da história em busca de seus direitos. “Me senti privilegiada em ser escolhida para participar do treinamento e ser escolhida para ser a multiplicadora dentro da minha comunidade”.
Segundo a instrutora Kely Batista Lima, o curso trouxe uma abordagem diferenciada para as mulheres, mas com assuntos corriqueiros em suas vidas, como a necessidade de vigilância sobre a própria saúde, identificando sintomas físicos e psíquicos que demonstram saúde ou a falta dela. “Lembrando que as mulheres são as mais propensas a transtornos e doenças emocionais, assim, elas foram instigadas a realizarem mudanças de atitudes e hábitos para melhoria na qualidade de vida”, explicou.
Ainda conforme a instrutora, as mulheres foram extremamente participativas e, ao final do evento, já tiveram relatos de atitudes que foram tomadas em consequência do aprendizado e vivência durante o curso. “Os assuntos mais debatidos por elas foram saúde física e emocional, violência contra a mulher. Também foi aplicado um questionário utilizado mundialmente para avaliação da autoestima de cada uma e a partir disso, buscar ferramentas para melhoria da mesma”, informou.
Para a instrutora Adervane Lélis, o curso Saúde da Mulher vai ser de grande relevância para as mulheres da zona rural, para que elas passem a se conhecer melhor. “Considero que este curso pode ser um marco no empoderamento das mulheres da zona rural”, concluiu.
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