Fonte: Embrapa
Sustentabilidade, autonomia e protagonismo juvenil estão entre os pilares da vitrine tecnológica de boas práticas agropecuárias, integrada a um espaço permanente de educação ambiental, que Embrapa Amazônia Oriental e Movimento República de Emaús inauguraram dia 10 de maio, no bairro do Benguí, em Belém (PA).
São estufas com viveiros de mudas, produção de horta em cultivo protegido com irrigação e área compostagem. Além de cultivar hortaliças e mudas de espécies florestais, frutíferas, funciona como sala de aula viva dos cursos de capacitação para os beneficiados pelo Emaús e seus familiares, e poderá ser utilizada como modelo para produtores e futuros produtores de hortaliças da Região Metropolitana de Belém, que queiram conhecer, na prática, diversas tecnologias da Embrapa para essas culturas.
Dezenas de crianças e adolescentes, comunidade e organizações parceiras, participaram do evento que apresentou oficialmente, a estrutura e capacidade de produção, do projeto Transferência de Tecnologias e Educação Ambiental para a Formação Cidadã.
Tamires Ferreira, de 12 anos, uma das adolescentes que participam do projeto, comentava que estava muito feliz, pois está aprendendo a cuidar das plantar, comer coisas saudáveis e proteger o meio ambiente.
Mãe de ex-alunos que passaram pelo instituto e hoje voluntária na horta, Antônia Marques da Silva comemorou o local como mais uma alternativa de trabalho e renda para os jovens e a comunidade. “É um sopro de vida e verde para o bairro, que é um dos mais populosos e carentes de Belém”, explicou, ao se referir a uma das missões do projeto, a de fornecer mudas de espécies florestais e frutíferas para praças e escolas do bairro, contribuindo para a beleza cênica e conforto térmico.
Emocionado, o fundador do movimento, padre Bruno Sechi, avaliou que os primeiros resultados da parceria Embrapa e Emaús fortalecem o sonho de 50 anos atrás, quando a instituição foi criada, de trazer aos jovens e ao bairro, ações que gerem autonomia, protagonismo e integração com a comunidade do entorno. “Essa parceria vai fortalecer as relações de proteção aos direitos humanos, cidadania e sustentabilidade no bairro que tanto amamos”, afirmou.
Adriano Venturieri, chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, enfatizou que a vitrine instalada no Emaús é uma mostra da evolução das tecnologias agropecuárias na Amazônia e como esses saberes podem ser aplicados para gerar desenvolvimento local, no campo e nas áreas urbanas. “A Embrapa fica especialmente feliz em inaugurar esse espaço, no mês em que comemoramos os 80 anos da pesquisa agropecuária na Amazônia. É a pesquisa presente no dia a dia das pessoas”, afirmou.
Transferência de Tecnologia para a Cidadania
Durante cinco anos, a Embrapa atuará em conjunto com o Emaús e parceiros, no compartilhamento das boas práticas agropecuárias para capacitação de crianças, jovens e seus responsáveis, na perspectiva da sustentabilidade e qualificação profissional e produtiva, no projeto Transferência de Tecnologias e Educação Ambiental para a Formação Cidadã.
Noemi Vianna Leão e Mazillene Borges, responsáveis pela Embrapa no projeto, comentam que o objetivo é, por meio das tecnologias da Embrapa, proporcionar cidadania, conhecimento e alternativa de renda, pois a produção será usada como alimentação e o excedente comercializado para financiar as atividades do Emaús e da própria horta, no futuro.
Elas reiteram que a premissa do projeto é promover a inclusão social e produtiva dos jovens, educação ambiental e a arborização da sede e da comunidade do entorno.
O projeto foi viabilizado por meio de recursos de emenda parlamentar proposta pelo senador Paulo Rocha, mediado com o apoio da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Conta também com um conselho consultivo formado pela parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Secretaria de Estado do Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Instituto Federal do Pará (IFPA), Emater e Pará Orgânico.
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