Selecione o dia...

terça-feira, 30 de abril de 2019

PROFESSORA DO IFMA INCENTIVA USO DA BATATA-DOCE BIOFORTIFICADA - Textos, Embrapa

Fonte: Embrapa

O auditório Babaçu da Embrapa Cocais foi palco do Seminário Técnico “Uso da batata-doce biofortificada na produção artesanal de alimentos e na gastronomia local”. A atividade, apresentada pela professora Antônia Macedo de Oliveira, do Instituto Federal do Maranhão – Campus Maracanã – ocorreu em São Luís, na tarde de sexta-feira, 26 e teve como objetivos proporcionar maior visibilidade aos produtos biofortificados; difundir o uso da batata-doce para além do consumo in natura; além de demonstrar, junto aos consumidores, variações de preparo culinário e, aos pequenos produtores, visibilidade social e econômica.

A inciativa está em sintonia com as ações da Rede BioFORT, coordenada pela Embrapa, que reúne todos os projetos de biofortificação de alimentos no Brasil, visando garantir maior segurança alimentar por meio do aumento dos teores de ferro, zinco e vitamina A na dieta da população carente.

O seminário foi aberto pela pesquisadora da Embrapa Cocais  na área de agricultura familiar e desenvolvimento sustentável, Guilhermina Cayres. O supervisor de transferência de tecnologia, Talmir Quinzeiro Neto, abordou, em sua apresentação, a deficiência de vitamina A e ferro como as formas mais comuns de má nutrição. Mostrou ainda a biofortificação como uma intervenção nutricional específica com o objetivo de aumentar o conteúdo de micronutrientes em alimentos através da utilização de práticas agronômicas e de melhoramento de plantas.

“O objetivo do projeto me encantou e levou a desenvolver trabalhos voltados para esta área”, conta a professora, que fez uma retrospectiva de seu primeiro relacionamento com a batata-doce, iniciado em 2011, durante a 4ª Reunião Anual de Biofortificação de Alimentos no Brasil, em Teresina – PI. Nesta mesma época, observou que o olhar dos pesquisadores voltava-se mais para a mandioca, de onde origina-se a farinha, produto comum na mesa do maranhense.

Em 2012, contemplada com Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), desenvolveu o projeto “Utilização da batata doce biofortificada e castanha de caju na fabricação de farinha rica em vitamina A” , no qual aliou dois nutrientes no mesmo produto: vitamina A, presente na batata-doce, e lipídios, comum na castanha de caju.

Agricultura familiar – Hoje, além da sala de aula, Antônia Macedo atua em projetos junto à Associação Maranhense de Artesãos Culinários (Amac), buscando valorizar a produção de alimentos regionais e locais. “Se não tivermos mercado, não vamos conseguir estimular agricultores familiares a plantar somente para consumo. É necessário consumir alimentos nutritivos e comercializá-los”, aponta a professora, que diz sentir falta dos produtos biofortificados nas feiras e alimentação escolar. “Sou filha de lavradores da zona rural e conheço as carências alimentares desta população. Como docente, sei o quanto a baixa visão atrapalha o desenvolvimento educacional das crianças.”

Seu propósito é desenvolver projetos de extensão e estender os trabalhos para as comunidades rurais. “Queremos nos juntar a outras pessoas no intuito de convencer o poder público municipal a fazer uso destes produtos, principalmente da batata-doce biofortificada, de fácil produção e preparo”, almeja a pesquisadora, seduzida pela cor, sabor e alta concentração de betacaroteno presente no vegetal, um composto natural conhecido por reduzir o risco de várias doenças crônicas.

Antes da experimentação de um cardápio variado, explicou aos participantes que todas as preparações foram executadas considerando as condições e possibilidades de uso pelos pequenos produtores rurais maranhenses. “Fizemos adaptações de receitas utilizando também trigo e macaxeira”. Ao todo, com a colaboração de alunos, a equipe elaborou dezesseis preparações, incluindo a fécula, farinha, biscoitos, molho, bolos, doces de corte, em pasta, em calda, sorvete, pudim, massa fresca (capeletti, ravioli), nhoque, suco, frango, arroz de batata e bolinho de carne com batata.

O pão de batata-doce servido foi confeccionado pela estudante bolsista Maria da Soledade Santos; a matéria prima, cultivada pelas mãos de Marcos Teixeira. Ambos são discentes do curso de Agronomia no Campus Maracanã, por meio do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), e orientandos da professora Sandra Cruz, que ministra as disciplinas de Olericultura e Agroecologia.

Clique aqui para ver esta matéria na íntegra em Embrapa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Compartilhe sua opinião sobre esta matéria. Comente esta matéria. Os comentários são verificados pelo Agrosoft antes de serem publicados.

Pesquisar este blog