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terça-feira, 7 de maio de 2019

AGENTE CAUSADOR DE DOENÇA DO COQUEIRO INTEGRA LIVRO SOBRE PRAGAS PRIORIZADAS - Textos, Embrapa

Fonte: Embrapa

O microorganismo responsável pelo amarelecimento letal do coqueiro integra a lista de 20 pragas e doenças quarentenárias ausentes no livro ‘Priorização de Pragas Quarentenárias Ausentes no Brasil’, elaborado pela Embrapa e pelo Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Editado por Elisângela Fidelis, Tiago Lohmann, Marcelo da Silva, Paulo Parizzi e Francisco Laranjeira, o livro está disponível em versão digital (e-book) gratuita.

Dividido em oito partes e 28 capítulos, traz um panorama da priorização de pragas no mundo e explica como foi o processo de escolha das 20 pragas priorizadas para o Brasil, dentre as cerca de 700 já regulamentadas pelo Mapa.

Praga ou doença quarentenária é todo organismo de natureza animal ou vegetal, ou microrganismo que, estando presente em outros países ou regiões, mesmo sob controle permanente, constitui ameaça à economia agrícola do país ou região importadora exposta. 

Assinam o capítulo 20, sobre o agente causador do amarelecimento letal, a pesquisadora da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE) Viviane Talamini e o pesquisador do Cirad (França) Michel Dollet. Talamini, Dollet e outros pesquisadores vêm atuando em cooperação desde 2014 no fortalecimento do sistema de alerta para a doença e na capacitação de produtores e laboratórios para o reconhecimento dos sintomas.

O amarelecimento letal do coqueiro é uma doença extremamente agressiva causada por um microrganismo do tipo fitoplasma (bactéria parasitária desprovida de parede celular) que se dissemina por meio de insetos vetores, os quais se alimentam das folhas e do floema (seiva elaborada) de palmáceas, levando o agente causador de uma planta para outra.

Esse mal atinge coqueirais e palmeiras da África, Costa Atlântica, várias ilhas da América do Norte e Central e já se encontra no México e Honduras. 

Quando o ALC acomete uma área, a paisagem muda em questão de meses. Os coqueirais afetados ficam, na fase final da doença, com os estipes (nome dado ao tronco do coqueiro) sem folhas, lembrando postes, e a imagem contrasta com os cartões postais de praias tropicais.

Priorização
“Regulamentar pragas como quarentenárias facilita o comércio internacional de produtos agrícolas”, explica o editor Marcelo Lopes, pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília, DF). 

É também uma medida reconhecida pela Organização Mundial do Comércio (OMC) para evitar a introdução de pragas ou barreiras injustificadas às exportações e ainda uma questão de segurança nacional. A detecção precoce evita perda de mercados importadores de produtos agrícolas do Brasil, aumento de custos de produção, insegurança na regulamentação de medidas de controle e também impactos ambientais pela utilização de medidas para erradicação ou supressão populacional da praga.

Veja quais são as 20 pragas priorizadas para o Brasil (em ordem alfabética):

1) African Cassava Mosaic Virus – vírus (mandioca)
2) Anastrepha suspensa – inseto (goiaba)
3) Bactrocera dorsalis – inseto (frutíferas)
4) Boeremia foveata – fungo (batata)
5) Brevipalpus chilensis – ácaro (kiwi, videira)
6) Candidatus Phytoplasma palmae – fitoplasma (coqueiro)
7) Cirsium arvense – planta daninha (trigo, milho, aveia, soja)
8) Cydia pomonella – inseto (maçã)
9) Ditylenchus destructor – nematoide (milho, batata)
10) Fusarium oxysporum f.sp. cubense Raça 4 Tropical – fungo (banana)
11) Globodera rostochiensis – nematoide (batata)
12) Lobesia botrana – inseto (videira)
13) Moniliophthora roreri – fungo (cacau)
14) Pantoea stewartii – bactéria (milho)
15) Plum Pox Virus – vírus (pessegueiro, ameixeira)
16) Striga spp. – planta daninha (milho, caupi)
17) Tomato ringspot virus – vírus (frutíferas e tomate)
18) Toxotrypana curvicauda – inseto (mamão)
19) Xanthomonas oryzae pv. oryzae – bactéria (arroz)
20) Xylella fastidiosa subsp. fastidiosa – bactéria (videira)

Clique aqui para acessar a versão digital do livro.

Clique aqui para ver esta matéria na íntegra em Embrapa.

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