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terça-feira, 7 de maio de 2019

PESQUISA INDICA BOAS PRÁTICAS NA HORA DA COLETA DO MEL - Textos, Embrapa

Fonte: Embrapa

Dicas de higiene, uso de fumaça adequada e manejo das melgueiras colaboram no aumento de produção apícola, especialmente, no outono.

    A coleta do mel é uma das etapas mais importantes da Apicultura. É o momento final da produção. Ela ocorre neste período do outono e depois na floração da primavera. Uma das dificuldades do apicultor é obter o melhor aproveitamento da produção e a pesquisa agropecuária dá dicas para serem adotadas como a boa higiene dos materiais utilizados, manejo das melgueiras e o uso adequado da fumaça.

    Nas boas práticas para a produção de mel, os cuidados com higiene têm como objetivo garantir a segurança e qualidade do mel, por isso, deve ser adotado o máximo de limpeza tanto na coleta do favo quanto na casa do mel até à colocação para venda.  Durante a coleta do produto, os apicultores e apicultoras devem estar usando vestimentas próprias para a prática apícola e o uso de equipamento de proteção individual deve estar completo, limpo e higienizado.

    Todo o processo de coleta deve evitar que o mel apanhe impurezas do ambiente,  por isso, ela deve ser feita em um dia seco, com baixa umidade relativa do ar.

“Na hora da coleta, os favos precisam estar fechados, o aceitável é até 30 de favos não abertos porque uma pequena fração de mel verde pode induzir à fermentação do produto final”, explica o pesquisador Luís Fernando Wolff, especialista em apicultura. Ele conta que isso acontece porque o mel é um produto altamente higroscópico, ou seja, que absorve umidade do ar com facilidade. Portanto, essa coleta deve ser feita com rapidez e eficiência para demorar o mínimo possível no apiário e na casa do mel. “Se o favo, ou o mel, ficarem parados no ambiente durante muito tempo eles vão absorvendo umidade e o risco de estragar o mel se torna grande”, alerta Wolff.  

Uso da centrífuga

    Depois que o favo é retirado do campo e transportado para a casa do mel, é a hora da “desoperculação” (abertura) dos quadros e da centrifugação do mel, nessa etapa, o indicado é sempre utilizar a centrífuga, uma vez que o processo de esmagar o favo é considerado antiquado. O pesquisador Luís Fernando Wolff diz que prensar os favos e retirar o mel é um sistema menos confiável e que na Embrapa  é  feita  sempre a centrifugação. Ele também diz que os apicultores que ainda não possuem centrífugas uma dica é se articularem e estruturarem centrífugas coletivas, por meio de associação de produtores ou cooperativas.“Na primeira oportunidade comprar uma centrífuga, seja manual ou elétrica, o importante é adotar esse sistema mais moderno”, diz Wolff.

Devolução das melgueiras

    Depois que o mel é colhido é preciso devolver as melgueiras, que precisam retornar ao campo. Esse  é o momento de colocar de novo a roupa de Apicultura, ligar o fumegador e devolver as melgueiras ao campo. “Ao devolver os castilhos com os favos construídos é um grande fator de aumento de produtividade, as colmeias produzem mais durante a safra como um todo, se os favos são reciclados. A capacidade de produção durante a safra do outono é muito baixa, então, esse sistema de devolução dos favos é a única coisa que garante uma safra boa para esta estação”, garante Wolff.  

Fumaça adequada

    A fumaça deve ser aplicada de maneira adequada para não alcançar os favos de mel. Ela não deve ter contato com eles. Outro fator importante é o tipo e origem dos materiais usados para combustão no fumegador. Esses materiais devem gerar uma fumaça clara. “Tem que ser uma fumaça densa, mas de cor clara, esbranquiçada, sem aroma ou se tiver, que seja de aroma de plantas como eucalipto, pinus, bergamota ou laranjeira”, diz Wolff.

A produção do mel também agrega renda e valor aos apicultores

    Quanto à diversificação de renda e de produção da região, a Apicultura se encaixa no enfoque da Agricultura Familiar. Segundo o pesquisador, do ponto de vista de econômico, a Apicultura é 100 rentável, uma vez que, as colmeias não ocupam espaço das lavouras, podendo ser colocadas em espaços ociosos da propriedade. Além disso, elas podem ser manejadas em épocas de entressafra ou quando há mão de obra disponível.

    O mel também colabora como alimento às famílias e como fator de integração, qualidade de vida e ganho social. “As pessoas de mais idade tem um ganho social, e os jovens da mesma forma se sentem empoderados na medida em que entram na Apicultura e conhecem esse mundo das abelhas. A sociedade também valoriza essas pessoas, então existe um componente social associado ao componente econômico de produção”, complementa Wolff.

Clique aqui para ver esta matéria na íntegra em Embrapa.

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