Fonte: Embrapa
Os pesquisadores uruguaios Agustín Giménez e Sebastián Oviedo, no INIA (Instituto Nacional de Investigación Agropecuaria), visitaram três centros de pesquisa da Embrapa nesta semana. Eles chegaram ao país na segunda-feira, dia 6, e retornam ao Uruguai nesta sexta, 10. O interesse dos cientistas é pela agricultura e pecuária de precisão e pelo sistema ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta). Gimenez é pesquisador nas áreas de clima e sistemas de informação. Oviedo atua na cooperação internacional e inteligência estratégica.
A visita começou pela Embrapa Informática Agropecuária, em Campinas, na terça (7).
Nesse centro de pesquisa eles discutiram possibilidades de cooperação em temas ligados à agricultura digital e inteligência estratégica. Eles explicaram que o INIA tem interesse em trabalhar de maneira mais focada e integrada em tecnologias da informação e comunicação (TIC) aplicadas à agropecuária, estruturando uma visão de futuro no âmbito da instituição.
De acordo com Giménez, assim como a Embrapa, o INIA produz uma quantidade grande de informação qualificada sobre a agricultura. “O desafio, hoje, é tornar estas informações acessíveis em sistemas que ofereçam respostas objetivas aos usuários, como por exemplo, sobre melhores variedades, épocas de plantio, adubação, entre outros temas”. Ele destacou ainda o desenvolvimento de ferramentas para apoio à tomada de decisão (gestão remota da propriedade) e de tecnologias como o processamento de linguagem natural para aplicação em sistemas avançados de busca.
SÃO CARLOS
Na quarta (8), Giménez e Oviedo estiveram na Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos), onde conheceram a ILPF. Giménez disse que a rotação de culturas é comum no Uruguai, mas que os produtores estão mais interessados em plantar soja pela rentabilidade. A integração com floresta despertou a atenção dos pesquisadores, que perguntaram sobre as espécies plantadas e a destinação da madeira.
O pesquisador e articulador internacional deste centro de pesquisa, Alberto Bernardi, mostrou aos visitantes instrumentos utilizados no campo para captação de dados – colares com sensores nos animais, antenas próximas aos cochos para captação de sinais e painéis de energia solar para manter o sistema. Eles também puderam ver equipamentos que automatizam a alimentação de animais confinados (Grow Safe) e que medem a emissão de gases pelos animais durante a alimentação (GreenFeed).
Os dois conheceram a raça bovina Canchim, desenvolvida pela Embrapa Pecuária Sudeste, e o sistema de produção de leite. No INIA, os pesquisadores já utilizam há dois anos o sistema de ordenha comandado por robôs. A raça mais difundida naquele país, segundo eles, é a inglesa Hereford. As temperaturas médias no verão chegam a 30 e 31 graus e no inverno, 17 e 18 graus. As chuvas – média anual de 1.300 mm – são bem distribuídas, com cerca de 100 mm por mês.
Na quinta (9), Giménez e Oviedo visitaram o Lanapre (Laboratório de Agricultura de Precisão), o Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio (LNNA), de Óptica e Fotônica e o de Técnicas Nucleares, depois de serem recebidos por chefes e pesquisadores da Embrapa Instrumentação.
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