Fonte: Embrapa
Durante o “XXIII Congresso Brasileiro de Reprodução Animal”, que ocorrerá no Centro de Eventos da FAURGS – em Gramado/ RS, de 15 a 17 de maio de 2019, a pesquisadora da Embrapa Pantanal Juliana Corrêa Borges apresentará duas palestras. A primeira “Uso de sêmen refrigerado bovino: quebrando paradigmas” no dia 15 às 14h20, durante o Mini Simpósio 1: Reprodução de Bovinos I e a segunda “Projeto Mais Precoce: aumentar a produção e qualidade dos bezerros”, no dia 16 às 13h30, durante o “Mini Simpósio 7: Reprodução de Bovinos II.
Realizado pelo Colégio Brasileiro de Reprodução Animal, o evento é uma referência na área de reprodução animal e este ano irá reunir alguns dos maiores especialistas da área: sendo 45 palestrantes nacionais, de quase todos os Estados do Brasil, e também pesquisadores estrangeiros, que apresentarão temas relacionados aos últimos avanços científicos e tecnológicos de interesse da reprodução animal: bovinos, suínos, cães e gatos, equinos, animais silvestres, entre outros.
Sêmen refrigerado bovino
Segundo Juliana, a pesquisa desenvolvida com sêmen refrigerado no Pantanal tem apresentado resultados positivos, elevando as taxas de prenhes em bovinos: “a técnica aumentou em 20 o número de nascimentos de bezerros em comparação aos gametas congelados”, explicou a pesquisadora.
“O sêmen refrigerado é colhido, diluído e mantido a uma temperatura de cinco graus até o momento da inseminação.
Já o congelado, aplicado frequentemente em biotécnicas como a inseminação artificial em tempo fixo (IATF), é colhido e congelado a -196 °C até seu uso. Na IATF, programa-se a inseminação de várias fêmeas em um mesmo período. Para a pesquisadora, o aumento das taxas de prenhes obtidas com o sêmen refrigerado ocorre pela preservação da membrana plasmática do espermatozoide, que sofre variações menores de temperatura em relação ao congelado – aumentando, assim, sua viabilidade”, detalha Juliana.
Ela explica que para que o sêmen congelado chegue à temperatura de 196 °C negativos do nitrogênio e seja descongelado depois a 37 graus, as células passam por muitos procedimentos. Esses processos lesionam algumas delas e cerca de 50 do lote acaba perdendo a viabilidade. “Muito do material que temos dentro de uma palheta é perdido por causa do procedimento”, conta. Para contornar o problema, a equipe passou a investigar a viabilidade do sêmen refrigerado. O desafio envolveu a determinação da temperatura em que o sêmen deveria ser mantido, por quanto tempo poderia ser conservado após a coleta e outros fatores. Durante a palestra do dia 15 a pesquisadora apresentará mais dados e resultados dessa pesquisa.
Embrapa +Precoce +Cria
Já no dia 16, Juliana falará sobre o projeto “+Precoce +Cria”, que tem o objetivo de avaliar estratégias reprodutivas, nutricionais, sanitárias e de uso de genética para o aumento dos índices produtivos e a produção de bezerros de maior potencial para ganho de peso e terminação no Pantanal e no Cerrado, com vistas à produção de novilho precoce, com sustentabilidade econômica e socioambiental. “O +Cria é composto por três segmentos com vários experimentos: estratégias para melhorias na eficiência reprodutiva em vacas de cria; estratégias nutricionais e genéticas para a produção de bezerros adequados aos critérios de precocidade dos Programas de Novilho Precoce e análise econômica e de impactos ambientais de sistemas melhorados de cria. Na minha palestra abordarei esses conteúdos”, concluiu Juliana.
Inscrições e mais informações sobre o evento no site: http://cbra.org.br/eventos/
Serviço:
Evento: XXIII Congresso Brasileiro de Reprodução Animal
Local: Centro de Eventos da FAURGS, em Gramado – RS
Data: 15 a 17 de maio de 2019
Palestras Juliana Corrêa Borges Silva (Embrapa Pantanal):
Mini Simpósio 1: Reprodução de Bovinos I.
Dia 15/05, às 14h20.
Mini Simpósio 7: Reprodução de Bovinos II.
Dia 16/05, às 13h30.
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