Fonte: Faemg
Já é tradição, há pelo menos 10 anos, os produtores de regiões produtoras de cana-de-açúcar ajudarem os técnicos do PECEGE/ESALQ a levantarem dados que fazem parte do Projeto Campo Futuro de cana-de-açúcar – safra 2019/2020. Neste ano, 13 regiões produtoras, de 9 estados serão visitados e dezenas de perguntas sobre custo de produção serão feitas e respondidas para serem computadas e assim, medir como tem passado, como está o setor sucroenergético brasileiro, além de permitir o gerenciamento de preços e do comportamento da produção.
O Campo Futuro é um projeto promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e em Minas pelo Sistema FAEMG/SENAR MINAS e Sindicatos Rurais. Em Campo Florido os painéis, primeira fase do projeto, também contaram com o apoio da Canacampo e vários produtores participaram. Segundo o presidente do Sindicato Rural – Carlos Márcio Guapo, custo de produção é assunto sério, por isto o projeto é tão importante. “Orientados por técnicos do PECEGE/ESALQ, foi montada a planilha de custo de produção da Cana da região de Campo Florido, resultado que somará aos painéis de outras regiões produtoras e serão valores de referência em mercado futuros e gestão profissional.” Análises Segundo João Marcos Meneghel, analista do PECEGE: “Os dois encontros foram muito satisfatórios e tivemos boa aderência. Em relação ao levantamento das informações, a produtividade do canavial vem se recuperando mais, em função a melhor frequência de chuvas. Em relação aos custos tivemos uma subida, devido aos reajustes de preços de insumos, especialmente aqueles atrelados ao dólar. O que destoa, ao comparar as regiões, é a forma de remuneração do produtor: em Campo Florido o preço pago é maior e em Uberaba, como o pessoal recebe referência CONSECANA SP, o valor pago é mais baixo.” “Trabalho com produtor de cana há mais de 10 anos e posso falar que mais de 90 deles não faz a gestão de seu negócio e não controla seus custos de produção. Normalmente, ele controla a saúde financeira no final de uma safra; quando está no azul, foi bom, se estiver no vermelho, acaba buscando linhas de financiamento. Isto é um perigo para o produtor, principalmente quando se deve pensar que a cultura é semi-perene e que será preciso trabalhar com ela durante 5 ou 6 anos. O planejamento imediatismo e análise de fluxo de caixa não é correto. Custo é diferente e ele tem trabalhar avaliando todos os setores que englobam a produção.” “Os produtores que participam pela primeira vez da reunião do Campo Futuro percebem que não sabem como está o custo da matéria prima dele e ao se informar, tem um start, se familiarizam com os conceitos e acabam pedindo o material usado no projeto, para ser implantado na propriedade. Os Sindicatos Rurais que acolhem as reuniões tem a planilha e disponibiliza para os produtores que quiserem ter uma gestão mais eficiente.”
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