Fonte: Embrapa
Para cada real investido na Embrapa, Brasil recebeu de volta R$ 12,16. Documento foi pioneiro no mundo e está disponível na internet
A Embrapa disponibilizou a versão atualizada de seu Balanço Social. Trata-se de uma publicação que foca no uso e adoção das soluções tecnológicas geradas pela Empresa e seus impactos junto à sociedade. O balanço é feito pelo 22º ano consecutivo.
Do total de resultados entregues pela Empresa, ao longo de sua história, 165 soluções tecnológicas foram avaliadas em 2018 e os impactos econômicos por ela gerados formam o chamado “lucro social”.
Os resultados do Balanço Social da Embrapa mostram que a Embrapa deu um retorno social de R$ 43,5 bilhões.
Para cada real investido na Empresa pela sociedade, em 2018, a Empresa deu um retorno de R$ 12,16. As tecnologias foram capazes de gerar pelo menos 69,9 mil empregos apenas em 2018. Outro dado: a Taxa Interna de Retorno (TIR) é de 37,6 , o que confirma a alta rentabilidade dos investimentos realizados pelo Estado na Embrapa.
O Balanço Social está disponível em https://bs.sede.embrapa.br/2018/.
Boa parte das soluções é recente
O pesquisador da área de sociologia Flavio Avila, que lidera a equipe de avaliação de impactos da Empresa, diz que “uma grande novidade é a divulgação de 179 soluções tecnológicas – tecnologias, sistemas e soluções digitais que estão em uso, com adoção consolidada”. O Balanço informa a área de adoção dessas soluções, também chamados de “outcomes”, e onde estão sendo usadas.
Um detalhe que chamou a atenção é que mais de 40 das soluções tecnológicas que constam do Balanço Social foram disponibilizadas nos últimos 19 anos. Isso evidencia que, apesar da Embrapa ter completado 46 anos agora em abril, grande parte da sua efetividade é decorrente de soluções que foram incorporadas recentemente ao processo produtivo.
Dados ajudam na avaliação da pesquisa
O monitoramento histórico da adoção e dos impactos inclui coleta anual obrigatória de dados em nível de campo, e ajudam na avaliação do desempenho dos centros de pesquisa da Embrapa. Os relatórios com avaliações são disponibilizados na internet desde 2011, e periodicamente avaliados por especialistas externos.
Além dos resultados de adoção e impacto o Balanço Social mostra o aumento de prêmios recebidos pela Empresa. Foram 53 em 2017 e 118 em 2018: 18 internacionais, 27 científicos, 33 nacionais e 40 regionais.
A elaboração do Balanço Social envolve cerca de 270 profissionais. São duas equipes interdependentes: uma com 230 pessoas, responsável pela coleta de dados de campo e análise do uso, adoção e impacto das soluções tecnológicas. A segunda equipe, com 40 pessoas, coleta informações como ações sociais, casos de sucesso e premiações. As equipes são coordenadas por um grupo responsável pela metodologia, organização dos dados e publicação do Balanço. Todas as informações são auditadas e auditáveis.
Pioneirismo no mundo
O Balanço Social é fruto de um processo de avaliação multidimensional (econômica, social, ambiental e institucional) continuado e considerado pioneiro no mundo, com métricas consagradas internacionalmente.
A iniciativa da Embrapa de elaborar Balanços Sociais anualmente para a pesquisa agropecuária é usada por instituições como a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). Já estão iniciando a elaborar Balanços Sociais países como Colômbia, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai.
Em recente estudo realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a iniciativa da Embrapa na avaliação dos impactos da pesquisa agropecuária em múltiplas dimensões, vinculada à publicação anual de um Balanço Social, foi reconhecida como experiência única e bem sucedida. Inclusive por isso, a Empresa é colocada no mesmo patamar de outras instituições internacionais de excelência em pesquisa agropecuária dos Estados Unidos, França, Austrália, assim como de instituições supranacionais, como os 15 centros internacionais de pesquisa do Consórcio de Pesquisa Agrícola Internacional (CGIAR).
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