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sexta-feira, 26 de abril de 2019

EMBRAPA DEMONSTRA USO DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM ALIMENTOS - Destaques, Textos, Embrapa

Fonte: Embrapa

Pioneira na aplicação da ressonância magnética nuclear (RMN) na agropecuária, a Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP) vai demonstrar, em tempo real, na Agrishow, análises da qualidade de grãos que fazem parte de importantes cadeias produtivas, como a soja e o amendoim. Sem destruir a amostra, será possível, por exemplo, conhecer o teor de óleo desses grãos em segundos.

No amendoim, também serão realizadas análises da umidade, proteína e teor de óleo oleico, conhecido como ômega 9, fundamental na síntese dos hormônios.

O farelo de soja, subproduto da cadeia agroindustrial da soja, utilizado tanto para composição de alimentos como para rações animais, é mais um que será investigado em tempo real com o uso da RMN na feira.

As análises serão realizadas graças aos esforços de uma parceria entre a Embrapa Instrumentação e a Fine Instrument Technology (FIT), que juntas aliam o emprego de metodologias de RMN ao desenvolvimento de aparelhos com diferentes aplicações.

O pesquisador Luiz Alberto Colnago, que trabalha com a aplicação de RMN em alimentos há mais de 30 anos, explica que a técnica gera informações que permitem obter a composição química e bioquímica dos produtos agroalimentares.

“A ressonância é possível porque núcleos atômicos de cada elemento químico do material absorvem energia em uma frequência de rádio específica, sendo possível diferenciá-los dentro de uma mesma molécula, o que permite obter a composição química e bioquímica dos produtos analisados”, esclarece.

Daniel Consalter, diretor de Tecnologia da FIT, afirma que a parceria com a Embrapa Instrumentação para uso da RMN em aplicações agrícolas permitiu, por exemplo, apoiar pesquisas com melhoramento genético de amendoim com a Embrapa Algodão. A cooperação com a unidade de Campina Grande, na Paraíba, é para avaliar os cultivares de amendoins que contenham alto teor de ácido oleico.

Outra aplicação é no setor produtivo da área de óleo de palma (dendê) que estão utilizando a técnica para analisar o fruto que chega na extratora e medir o teor de óleo nos resíduos do processo, controlando suas perdas em tempo real e acabando com os resíduos químicos usados em métodos tradicionais.

Consalter esclareceu que anteriormente o processo para medir o teor de óleo de palma demorava pelo menos 5 horas. “Agora é realizado em segundos. Começamos esse trabalho de análise de óleo de palma, 2016, mas hoje já há grande adesão dos produtores a esse método. O rendimento deles aumentou de 1 a 5 , dependendo do caso”, afirmou. Além do Brasil, o aparelho já é utilizado também na Colômbia.

Clique aqui para ver esta matéria na íntegra em Embrapa.

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