Fonte: Embrapa
Filhos de agricultores e extensionistas foram o público-alvo das atividades do projeto Inclusão GeoDigital e Gestão Territorial de Unidades de Produção de Base Familiar (IGGTS), realizadas entre os dias 8 e 12 de abril, em Juína, município localizado ao Norte do Estado do Mato Grosso. Durante os encontros, foram discutidos os indicadores de sustentabilidade, de acordo com a realidade local, e aplicados questionários para levantar a familiaridade dos jovens com os recursos tecnológicos.
O projeto prevê a definição e a disponibilização de indicadores de sustentabilidade em um aplicativo para auxiliar a gestão das propriedades rurais locais.
Os indicadores da região foram propostos na oficina realizada no dia 9, na sede do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT). Extensionistas, professores e alguns alunos do curso Técnico em Agropecuária do IFMT colaboraram com as proposições. As sugestões foram alinhadas a indicadores: econômico, ambiental, social e de governança.
O pesquisador João Alfredo Mangabeira, líder do projeto, observa que as regiões de Bioma Amazônia do Estado do Mato Grosso refletem mais indicadores econômicos voltados à sustentabilidade de sistemas de produção. Segundo ele, essa característica é semelhante nos estados do Pará e Rondônia. Por sua vez, ele complementa, no Amapá, Maranhão, Acre e Amazonas, os indicadores estão voltados à sustentabilidade de sistemas de produção agroextrativistas.
Os indicadores de sustentabilidade propostos nas 8 oficinas da primeira etapa do projeto IGGTS serão discutidos por uma equipe técnica posteriormente. A ideia é definir parâmetros mensuráveis de sustentabilidade para cada indicador.
Recursos tecnológicos
Além da oficina, a equipe da Embrapa também promoveu encontros com alunos de nível médio de escola rural e estadual. Aos jovens, foi apresentado o projeto e aplicados questionários para conhecer o nível de familiaridade com os recursos tecnológicos. Mangabeira ressalta que esses jovens serão os usuários do aplicativo que será desenvolvido.
Integrante da equipe, o pesquisador Fernando Attique, da Embrapa Informática Agropecuária, ressalta a contribuição dos jovens nesta etapa. “Além de colaborarem na construção dos indicadores do projeto, eles demonstram que conhecem bem a realidade em que vivem”, disse.
Aplicativo
O projeto recebe recursos do Fundo Amazônia e prevê a criação de um aplicativo com fins de auxiliar a gestão das propriedades rurais locais em observância dos indicadores de sustentabilidade local definidos conjuntamente. O público-alvo do software são os jovens, filhos de proprietários rurais. A ideia é que a ferramenta apoie a gestão das propriedades.
Sandro de Caires, professor do IFMT, conheceu o intuito do projeto. Ele possui uma propriedade rural onde trabalha com os filhos na produção agroecológica de coco. Para ele, o trabalho vai auxiliar a desenvolver a sustentabilidade do campo e a gestão das propriedades agrícolas, as quais – ele ressalta – hoje em dia, são vistas como empresa.
A equipe da Embrapa também foi formada pelos analistas Alexandre Rita da Conceição (TT), Bruno Scarazatti (GMTE) e Diego Barbosa Antonio, da Embrapa Agrossilvipastoril. O grupo recebeu apoio de Luiz Maekawa, do IFMT.
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