Fonte: Embrapa
Nesta quarta-feira (15), o presidente Sebastião Barbosa chegou à Embrapa Pantanal para uma visita de dois dias. Ele se reuniu com a equipe gestora, que fez ao presidente uma apresentação exibindo um panorama da atuação da unidade nos últimos dois anos, e depois encontrou representantes de parceiros externos da nossa unidade de pesquisa para um diálogo sobre gargalos e potenciais da região pantaneira.
Durante o encontro, Sebastião ressaltou a importância de se aliar a pesquisa às necessidades reais do público externo, sugerindo o estabelecimento de novas parcerias para viabilizar esse trabalho.
“A medida do trabalho da Embrapa está na resposta dos nossos parceiros. A sociedade investe nos recursos da Embrapa e a gente precisa atender às suas demandas”. Ele também destacou o trabalho realizado junto a países como a Bolívia. “É muito importante que a comunidade aqui do Pantanal e região se beneficie pelo conhecimento gerado pela Embrapa”.
Ele destacou também os vários aspectos que compõem o ambiente e a sociedade pantaneira. “Ficou claro, na apresentação feita pelo chefe-geral, que enquanto temos aqui a agricultura orgânica, temos também as grandes explorações como a produção de bezerros”. Segundo o chefe-geral da Embrapa Pantanal, Jorge Lara, as particularidades do bioma exigem que o trabalho da Empresa também seja diversificado. “O Pantanal só pode existir na congruência. Poucos locais têm tanta relação com a definição de sustentabilidade quanto o bioma”, disse no encontro.
Parcerias
Ao relatar como o trabalho da Embrapa tem efeito sobre a vida de agricultores familiares locais, o professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Edgar Costa, destacou como o suporte da Empresa permitiu que grupos de pequenos produtores atuassem mais fortemente na dinâmica de abastecimento alimentar de Corumbá e Ladário, MS. “Quem abastecia as feiras livres de Corumbá era a agricultura urbana. Hoje, das 8 hortas urbanas que existiam, só há duas. A produção foi para os assentamentos de Corumbá quando a ciência comprovou para os agricultores que é possível produzir com água salobra”.
Ao mesmo tempo, o presidente do Movimento Nacional dos Produtores, Rafael Gratão, falou de sua experiência com a inclusão de tecnologia na produção pecuária local. “O Pantanal é o celeiro do bezerro. Para isso, o trabalho da Embrapa é fundamental. Divulgar esse trabalho é melhorar a produtividade do produtor rural”. Para Marcelo Freire de Paula, gerente-geral da unidade do Banco do Brasil em Corumbá, a questão é como aumentar a produtividade sem ampliar necessariamente a área em uso, mantendo os 83 de conservação existentes no bioma e reduzindo impactos ambientais. “Temos linhas de crédito muito atrativas que podem ajudar bastante. O mais difícil é fazer o que a Embrapa e a Universidade Federal do estado estão fazendo: criar um espírito de associativismo entre os atores do sistema.”
O diretor de Relações Institucionais do Instituto Homem Pantaneiro, Angelo Rabelo, discutiu como produtividade e conservação podem não só andar juntas, mas potencializar uma a outra em sistemas lucrativos e sustentáveis. “Entender de biologia do jacaré nos permite ser hoje o maior produtor de carne e de couro da espécie do mundo graças ao conhecimento gerado pela Embrapa. Podemos incorporar, dentro do conceito de produção, a produção da natureza. Mantemos no Pantanal algo que se tornou um ativo, que é justamente a vida selvagem. O que nós temos de oportunidade aqui é fascinante”, disse.
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