Fonte: Embrapa
O tema “Pesquisa e Inovação em Diálogo com as Empresas” é o fio condutor do II Congresso Luso-Brasileiro de Horticultura – CLBHort 2019, evento que reúne pesquisadores do Brasil e de Portugal durante o período de 22 a 25 de maio na Universidade Federal de Goiás, em Goiânia, para aprofundar e ampliar os entendimentos mantidos quando da realização do I CLBHort realizado em Portugal, em 2017.
Em sintonia com a temática que vai permear as apresentações, o ex-presidente da Sociedade Internacional de Ciências Hortícolas (em inglês ISHS) Antonio Monteiro, conferencista português da abertura do evento, avalia que por ser universal e diversificada, a horticultura possui uma elevada capacidade de adaptação aos “desafios emergentes colocados pela sociedade, respondendo às novas necessidades e a condicionantes por parte dos consumidores”.
“O âmbito da inovação em horticultura é alargado através da translação rápida, para as empresas, do conhecimento em novas áreas científicas, o que permite a criação de produtos e serviços a partir da genômica, nanotecnologia, modelação, robótica, automação e outras áreas científicas de ponta, levando ao nascimento do que poderemos chamar uma nova horticultura”, detalha Monteiro, para quem, no entanto, “temos que começar a pensar ‘fora da caixa’”.
“Assiste-se a uma revolução tecnológica na horticultura que é conseguida a partir de áreas do conhecimento muito distantes do que habitualmente entendemos por ciências da horticultura e que envolvem atores com formação em áreas do conhecimento muito diversas”, explica.
Desafios em comum
Para o pesquisador e chefe-geral da Embrapa Hortaliças Warley Nascimento, os desafios enfrentados por países como Portugal podem ter outras nuances, mas têm em comum com o Brasil – como um país de dimensões continentais – questões ligadas à produção de alimentos suficientes para atender os padrões de qualidade e segurança para uma crescente população mundial; a utilização de recursos naturais finitos de forma mais eficiente; adaptar a horticultura às mudanças climáticas, entre outros.
“Em resumo, temos igualmente pela frente o desafio de desenvolver uma horticultura sustentável e produtiva que possa prosperar em um mundo que passa por mudanças aceleradas e impactantes”, acentua o pesquisador.
“E o Brasil”, acrescenta, “é um laboratório natural para avaliar os problemas, discutir caminhos e encontrar respostas para a horticultura tropical e subtropical”.
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