Fonte: Embrapa
A expectativa é que o Projeto Hortas Pedagógicas se expanda na capital e no Maranhão
As ações do Projeto Hortas Pedagógicas estão dia a dia avançando para garantir a implantação das hortas nas Unidades de Educação Básica – UEB Governador Jackson Kepler Lago, na área urbana, e a Major Augusto Mochel, na zona rural. O objetivo é contribuir para a segurança alimentar e nutricional de estudantes, comunidade escolar e adjacências.
Atualmente há três comitês formados e em atuação.
O Comitê Executivo, formado por representantes designados pelas instituições partícipes e que tem a responsabilidade de planejamento no âmbito estratégico; os Comitês Gestores, instituídos nas escolas e amparados pelos Conselhos Escolares respectivos, permitindo maior representatividade e atuação efetiva do projeto nas unidades; e o nível operacional, composto pelas equipes técnico-agronômicas e didático-pedagógica, ora coordenada pela Embrapa Cocais em parceria com a AGERP e Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento – Semapa.
“Para nós, o Hortas Pedagógicas é um catalizador de transformação da nossa realidade social. Para que se alcance esse impacto, se faz fundamental o envolvimento de todos os parceiros nesse trabalho, diz Talmir Quinzeiro, analista da Embrapa Cocais que coordena as ações do projeto no estado.
Com direcionamento pela equipe técnica da Embrapa Hortaliças, foram estabelecidas sete etapas, que consistem desde a amostragem dos solos, preparo do terreno, cercamento da área, preparação dos canteiros e mudas e a entrega dos materiais antes da fase de implantação. Para operacionalizar essas etapas, planejou-se ações mensais com toda a equipe técnica envolvida seguindo cronograma para participação dos parceiros e o “emponderamento” das partes, que incluem intercâmbio de conhecimentos em busca da multiplicação da iniciativa, no futuro.
Uma das ações já realizadas pela equipe operacional foi a coleta, em abril, de amostras de solos nas áreas selecionadas para as futuras Hortas Pedagógicas em São Luís. Essas amostras serão analisadas em parceria com a Embrapa Hortaliças, que remeterá o laudo e consequente recomendação de adubação para a correção da fertilidade das áreas selecionadas. Em maio, foi realizada análise das condições das áreas, demarcação e orientações para o preparo do solo.
O Comitê Gestor, nível tático do projeto, por sua vez, tem se reunido mensalmente para discutir as questões pedagógicas relacionadas ao projeto. Nessas ocasiões, tem-se discutido contemplar as ações de formação em quatro dimensões/eixos: espaço físico, gestão, currículo e relação escola/comunidade. “O combinado de trabalho para a formação estabelecido pelas escolas apoiadas pela Semed contempla a organização das turmas por turno. Todos os professores serão contemplados nos seus respectivos turnos”, completa o professor Luis Campelo, professor da Semed.
Nesse sentindo, está em construção, por parte da Semed, particularmente pelos colegas do Núcleo de Educação Ambiental – NEA, proposta para internalizar e instrumentalizar a temática do “impacto educacional” do projeto com foco na questão pedagógica. Esse trabalho está sendo construído em parceria com a equipe do projeto mais voltada para essa temática, incluindo representantes da Embrapa Hortaliças.
Da parte do Comitê Executivo, já foram realizadas três reuniões em 2019, previamente estabelecidas pela equipe, mensalmente. Nos últimos encontros, ficou decidido a necessidade de uma programação mais pormenorizada da parte operacional, visando uma comunicação mais efetiva e maior participação dos parceiros. Também, tem sido discutidas articulações com as secretarias municipais, Semed, Semapa, e Seplan, para encaminharmos os compromissos assumidos no âmbito do acordo de cooperação técnica assinado entre as partes, visando à viabilidade e operacionalização da iniciativa. Já estão em planejamento a programação da semana de capacitação, proposta de integração pedagógica do projeto nas escolas em questão e coquetel de abertura do projeto as autoridades componentes.
Mais sobre o projeto – O Projeto Hortas Pedagógicas é fruto de uma parceria nacional entre Embrapa e o antigo Ministério do Desenvolvimento Social – MDS, atual Ministério da Cidadania, apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, em prol da segurança alimentar e nutricional das comunidades atendidas, por meio da educação. A iniciativa alia práticas de produção de hortaliças às práticas didático-pedagógicas da escola, estimulando crianças e adolescentes a levarem os conhecimentos para casa e comunidade. No Maranhão, o projeto pretende contribuir com a diminuição dos índices de vulnerabilidade social por meio da metodologia de implantação de hortas pedagógicas em duas escolas públicas, com perspectiva de expansão.
São responsáveis pela execução do projeto no estado a Embrapa Cocais, secretarias municipais de São Luís (Educação, por meio do Núcleo de Educação Ambiental – NEA, Agricultura, Pesca e Abastecimento, Segurança Alimentar, Planejamento e Desenvolvimento) e Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural do Maranhão – Agerp, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF).
Saiba mais sobre o Projeto Hortas Pedagógicas:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Compartilhe sua opinião sobre esta matéria. Comente esta matéria. Os comentários são verificados pelo Agrosoft antes de serem publicados.